
Na quarta-feira, um momento de alegria de Eduardo e Simone. Eles receberam um comunicado da embaixada brasileira, em Windhoek, capital da Namíbia, dizendo que seriam levados de avião junto com um outro passageiro brasileiro que estava na cidade. Mas, na quinta-feira, a apreensão estava de volta, pois a embaixada não confirmava o voo para Luanda, que onde se juntariam a outros brasileiros e tomariam o avião que de Maputo, em Moçambique.
“Foi um choque, mas felizmente, à tarde, voltaram a confirmar o voo. Era a esperança, mas ficamos desconfiados. Mas tudo deu certo, depois do susto. Eles nos pegaram no apartamento que estávamos, às 4h30. Fomos para a embaixada e lá nos encontramos com o outro passageiro, que era uma mulher, seria Luciene Bezerra. Fomos levados para o aeroporto, que fica a 40 quilômetros da cidade, e lá tomamos um pequeno avião, de quatro lugares, bimotor e voamos para Luanda”, conta Eduardo.
Na chegada a Luanda, o brasileiro se surpreendeu com um tratamento diferenciado. “Primeiros fomos levados para uma pequena sala, mas depois nos juntamos aos demais passageiros. E o mais surpreendente, pra mim, foi que o embaixador brasileiro, muito solícito, ficou o tempo todo com a gente, sempre perguntando se estávamos bem e se precisávamos de alguma coisa. Muito diferente do que ocorreu em Windhoek, quando sequer fomos recebidos pelo embaixador local.”
Eduardo e Simone contam que o voo atrasou para sair de Maputo. “Foram cinco horas de atraso”, conta ele. E nesse tempo, como todas as lojas e lanchonetes do aeroporto estavam fechadas, os funcionários da embaixada saíam para comprar comida para todos.”
Na aeronave da Ethiopian Airlines, segundo Eduardo, todos estavam de máscaras e viajaram assim até São Paulo. “Agora, que estamos em casa, vamos fazer quarentena. Mas o alívio de chegar em casa é muito grande. Segunda-feira começo a trabalhar de casa, de modo remoto. Mexo com vendas e todos na empresa estão assim. Mas é muito bom estar em casa, no país da gente.”
