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Estado de Minas COVID-19

Hospitais limitam movimento

Rede ligada à administração municipal de BH restringe acesso de visitas e acompanhantesem unidades de internação. Hospital das Clínicas suspende atendimento em algumas áreas


postado em 19/03/2020 04:00

Fachada do Hospital Doutor Célio de Castro: visitas a pacientes internados estão suspensas(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Fachada do Hospital Doutor Célio de Castro: visitas a pacientes internados estão suspensas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou ontem uma série de medidas para tentar evitar contágio de pacientes, funcionários e visitantes com o novo Coronavírus (COVID-19) em seus hospitais. Entre as ações estão a restrição de visitantes e acompanhantes em clínicas de internação, além de horários breves para a entrada de pessoas. No Hospital Odilon Behrens, por exemplo, visitantes e acompanhantes não estão autorizados a entrar nas clínicas de internação. A medida vale por tempo indeterminado e não abrange acompanhantes de pacientes menores de 18 anos, gestantes em trabalho de parto, pessoas com necessidades especiais e maiores de 60 anos. O mesmo vale para o Hospital Nossa Senhora Aparecida, no Bairro São Paulo, na Região Nordeste de Belo Horizonte.

Já no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, no Barreiro, as visitas a pacientes internados estão suspensas desde terça-feira. O boletim médico dos pacientes do CTI continua sendo divulgado das 15h às 17h, mas somente um visitante será autorizado a ter acesso ao local. Em todos os casos, visitantes e acompanhantes que apresentarem sintomas gripais, pessoas com idade superior a 60 anos e gestantes não terão a entrada autorizada.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS Também o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou a suspensão de atendimentos em algumas áreas. Consultas e cirurgias serão desmarcadas para a segurança dos pacientes. Em comunicado, a unidade hospitalar informou que “suspenderá as consultas clínicas e cirúrgicas eletivas agendadas, conforme avaliação da equipe médica de cada especialidade, e todas as cirurgias ambulatoriais eletivas”.

Ainda de acordo com o comunicado, o hospital está observando as recomendações emitidas pelas autoridades sanitárias nacionais e a gestão local do Sistema Único de Saúde (SUS) no que diz respeito à organização da oferta de serviços à população.

Apesar da suspensão do atendimento em algumas áreas, o Hospital das Clínicas segue adotando uma série de ações para tentar combater o novo coronavírus. Entre elas está a revisão do Plano de Contingência para a COVID-19, estabelecendo o fluxo de atendimento ao paciente com suspeita de ter contraído a doença.

O HC-UFMG tem em seu quadro de trabalhadores 747 médicos e 1.859 profissionais assistenciais. Os funcionários estão sendo informados sobre o novo protocolo de atendimento e recebendo treinamentos específicos com relação à assistência aos pacientes com suspeita de coronavírus.
Na rede de hospitais do estado, o governador Romeu Zema anunciou a suspensão de cirurgias eletivas.

Defensoria quer garantia de merenda, água e luz


Déborah Lima

A Defensoria Pública de Minas Gerais recomendou ontem que a Copasa e a Cemig não deixem de fornecer água e energia elétrica em casos de inadimplemento do consumidor enquanto perdurar o estado de pandemia decorrente da COVID-19. O texto, assinado por Daniele Bellettato Nesrala, coordenadora da Defensoria Pública Especializada da Infância e Juventude, recomenda que “posteriormente sejam buscados meios menos gravosos de coação para a cobrança.” Ainda ontem, o órgão expediu documento que recomenda que continue sendo distribuída alimentação a todos os alunos da rede pública estadual e municipal que tiveram as aulas suspensas.Com data de 18 de março, as recomendações solicitam resposta no prazo de três dias.

A decisão sobre os serviços de água e energia considerou que a situação é atípica, uma vez que as pessoas, inclusive crianças e adolescentes que não estarão na escola, passarão a maior parte do tempo em suas casas e com isso terão um aumento do consumo de energia elétrica e água e que os dois itens são direito fundamental, garantido pela Constituição enquanto serviço público essencial. Além disso, o texto cita possível redução de renda de pessoas autônomas durante o período de isolamento.

A Cemig informou que está em contato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para definir ações que visam à diminuição dos impactos da pandemia. A companhia prevê um posicionamento oficial até o fim da semana. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato também com a Copasa e não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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