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Estado de Minas CLIMA

Mais chuva e risco em BH e interior

Perigo geológico persiste e prefeito prevê três meses de obras para recuperar BH. Inundação ameaça Valadares


postado em 04/03/2020 04:00 / atualizado em 03/03/2020 22:25

Gabriel Ronan, Larissa Ricci, Cristiane Silva e Pedro Lovisi*
Encosta ameaçada de deslizamento de terra no Bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul, onde há áreas de risco geológico (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Encosta ameaçada de deslizamento de terra no Bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul, onde há áreas de risco geológico (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Buraco, árvores caídas, semáforos em flash e, como era de se esperar, mais nós no trânsito de Belo Horizonte – e perigo de acidentes geológicos até domingo, o que tira o sono, principalmente, de quem mora em áreas de risco. A chuva que caiu o dia inteiro ontem na capital mineira deve se estender para hoje e para o resto da semana,  de acordo com previsão do Instituto Nacional de Meteorologia. Ou seja, pode se preparar para abrir o guarda-chuva pelo menos até sábado. Em entrevista coletiva, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse que as precipitações dos últimos meses vão significar ainda mais três meses de trabalhos para que o Executivo municipal recupere a cidade integralmente dos danos. Problemas também para o interior do estado, principalmente para moradores de Governador Valadares, onde o Rio Doce ameaça transbordar a qualquer momento e causar graves alagamentos.
 
“Acredito que o tempo de reparação da cidade foi subestimado. É preciso acabar o período da chuva, essa que parece estar fina, para que a cidade esteja totalmente reconstruída em aproximadamente três meses". Foram essas as palavras escolhidas pelo prefeito Kalil, na tarde de ontem, para falar sobre as intervenções nos pontos destruídos pelos fortes temporais do início deste ano – que teve o janeiro mais chuvoso da história de BH e o maior índice de precipitações de fevereiro em 40 anos.
 
Alexandre Kalil disse que a prioridade é normalizar o tráfego para o trânsito. "Da porta da minha casa até a prefeitura passo por 74 buracos. Mas não dá pra fazer (os reparos) chovendo. A Avenida Tereza Cristina vai ser totalmente recuperada”, disse. E as falas do prefeito podem ser exemplificadas pelo buraco que se abriu ao lado do Viaduto Santa Tereza, no Centro de BH, na continuidade da Avenida Assis Chateaubriand. Por meio de nota, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) informou que uma equipe de vistoria foi enviada ao local na segunda para avaliar quais serviços serão realizados para recuperar o ponto nos próximos dias.
 
Os reparos para todos esses danos, no entanto, ficam mais complicados diante da falta de repasses, afirma o prefeito. Segundo ele, parte dos recursos prometidos pelo governo federal não foram repassados. O valor estimado para a recuperação é de R$ 200 milhões. Desses, R$ 31 milhões foram garantidos pela PBH e R$ 7,7 milhões liberados pela União, contabilizou o chefe do Executivo.
 
Março caminha para o mesmo destino climático dos dois primeiros meses do ano. De acordo com a Defesa Civil de BH, ontem choveu forte em quatro das nove regionais da cidade: Norte, Nordeste, Noroeste e Pampulha. A situação forçou o órgão a expedir um alerta para risco geológico que se estende até domingo.
 
A volta para casa ficou complicada e o trânsito, que já costuma ser lento no fim da tarde e início da noite, ficou ainda pior. A BHTrans detectou lentidão na Avenida Tereza Cristina, na altura do Viaduto Itamar Franco, nos dois sentidos, na Região Noroeste de BH. Já na Rua Caetés com a Avenida Afonso Pena, na Região Central, um semáforo apresentou problemas e contribuiu para engarrafamento. Na Rua dos Otoni com Maranhão, no Bairro Santa Efigênia, uma árvore caiu bem próxima a um carro, interditando a via.

GOVERNADOR VALADARES As chuvas que atingem o Vale do Rio Doce fazem com que o principal rio da região, de mesmo nome, corra risco de inundar parte da cidade de Governador Valadares. Segundo a prefeitura, o manancial pode chegar a 2,6 metros de profundidade na manhã de hoje. A cota de transbordamento do curso d'água é de 2,3 metros. E a situação pode piorar, já que o Inmet prevê pancadas de chuva para a cidade durante todo o dia. À tarde, a tarde, a precipitação será acompanhada de trovoadas.


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