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Estado de Minas DIETILENOGLICOL

Recolhidos só 5,4% dos lotes


postado em 07/02/2020 21:13

Perícia ligou cerveja Belorizontina e outras marcas da Backer a contaminação por produto tóxico(foto: MARCOS VIEIRA/EM/D.A PRESS %u2013 21/1/20)
Perícia ligou cerveja Belorizontina e outras marcas da Backer a contaminação por produto tóxico (foto: MARCOS VIEIRA/EM/D.A PRESS %u2013 21/1/20)
O prazo para os consumidores entregarem garrafas de cerveja da Backer se encerrou ontem, no mesmo dia em que surgiu mais um caso suspeito de intoxicação por dietilenoglicol. Desde 13 de janeiro foram recolhidas pela Vigilância Sanitária 6.690 recipientes em Belo Horizonte. Já a empresa informou que recolheu 52 mil garrafas em campanha de recall. Este número representa apenas 5,46% de toda mercadoria que deve ser retirada de circulação, cuja destinação ainda será definida. A Secretaria Municipal de Saúde informou que vai aguardar o fim das investigações “para definir o fluxo a ser adotado”.

Enquanto isso, os produtos vão ficar sob custódia da Secretaria e à disposição da Polícia Civil. A polícia, no entanto, informou que não tem previsão para requisitá-los. Já as unidades que recolheu, a Backer indica que permanecem na fábrica e ficarão guardadas “até a autorização de descarte pelas autoridades”. Faltam 60 mil caixas, com 15 garrafas cada. “Trata-se de tarefa complexa, dada a capilaridade de distribuição dos produtos no mercado. Apesar disso, a empresa garante que está concentrando todos os esforços possíveis nessa tarefa”, afirmou a cervejaria, em nota.

A data de entrega foi estipulada pelas vigilâncias sanitárias de Minas e municipais e pelos Procons. Caso o consumidor não consiga fazê-lo, o recomendado é que procure o estabelecimento onde adquiriu o produto ou a empresa fabricante.

Até ontem foram notificados 31 casos suspeitos da intoxicação. Quatro foram confirmados e 27 continuam sob investigação. Seis pessoas morreram por suposta conexão com o consumo da bebida, que estaria contaminada com agente tóxico. Um homem que esteve internado em Juiz de Fora e morreu em 7 de janeiro está entre os quatro casos em que foi confirmada a presença da substância dietilenoglicol no sangue. Outros cinco óbitos estão entre os casos sob apuração. O mais novo deles em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Vinte e dois casos estão em Belo Horizonte e os demais em Capelinha, Nova Lima, Pompéu, Ribeirão das Neves, São João del-Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.

CONTESTAÇÃO 

A empresa nega uso do dietilenoglicol, que perícia do Ministério da Agricultura indica ter sido detectado em seus tanques de produção e em 41 lotes de 10 de suas marcas. Conforme a cervejaria, seria utilizado o monoetilenoglicol, de menor impacto tóxico. De acordo com a Polícia Civil, até ontem, no 31º dia da instauração do inquérito, 24 pessoas – entre vítimas e familiares – tinham sido ouvidas. Quatro depoimentos estão previstos para segunda-feira na 4ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, no Bairro Estoril, Região Oeste da capital. O pedido para exumar o corpo da vítima que morreu em 28 de dezembro em Pompéu, Região Central do estado, foi encaminhado à Justiça, que avalia a solicitação. 


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