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Estado de Minas

Julgamento de ex-PM acusado de matar homem em boate de BH é adiado

Crime ocorreu em 2015. Vítima derramou cerveja acidentalmente na companheira do acusado.


postado em 23/10/2019 10:02 / atualizado em 23/10/2019 10:51

(foto: Reprodução/Polícia Civil )
(foto: Reprodução/Polícia Civil )
Foi suspenso, na manhã desta quarta-feira, o julgamento do ex-policial militar Nedilson Rocha Andrade, acusado de matar Herick Viriato Parreiras Paulino na saída de uma boate em Belo Horizonte, em fevereiro de 2015. 

O julgamento, que estava marcada para às 8h30, teve de ser adiado porque o advogado do réu não compareceu. Segundo Nedilson, o advogado estaria passando mal. Entretanto, até o momento, sequer havia encaminhado algum atestado ao juiz, atitude que pode ser até passível de multa.
 
Em agosto deste ano, a sessão já havia sido cancelada em função de um problema em uma mídia que fazia parte do processo. Na ocasião, o juiz Ricardo Sávio de Oliveira, do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, teria ouvido três testemunhas e interrogado o réu, que confessou o crime e alegou ter agido em legítima defesa. Entretanto, o julgamento foi interrompido a pedido do Ministério Público, já que o DVD que que continha imagens do crime estava com defeito.

Segundo Nedilson, Herick estava armado e chegou a ameaçá-lo dentro e na saída da boate. Apesar da alegação do ex-policial, nenhuma arma foi encontrada pela polícia com o rapaz.

Relembre o crime:
 
O assassinato ocorreu em 2 de fevereiro de 2015 na Rua Platina, Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, a vítima, que tinha 25 anos, estava no local acompanhado de amigos e familiares. Por volta das 2h, o jovem foi ao banheiro com um copo de cerveja nas mãos. Quando voltou, deixou parte da bebida cair em uma moça, que estava acompanhada do até então cabo da PM. 
 
De acordo com a Polícia Civil, a situação gerou uma discussão entre Herick e Nedilson. O militar chegou a agredir o rapaz com socos. A dupla foi retirada da boate por seguranças. Conforme testemunhas, Nedilson disse que era policial militar e que o rapaz deveria “abaixar a bola”.
 
Ainda conforme a polícia, quando chegou à rua, o cabo da PM viu a vítima relatando a amigos o que havia acontecido. Novamente, o militar quis tirar satisfação com o grupo, que, por sua vez, pediu desculpas pelo ocorrido. 
 
Mesmo assim, segundo a polícia, Nedilson sacou sua arma e atirou no ombro de Herick. Os jovens que estavam com ele correram, mas o policial também atirou diversas vezes contra eles. Depois, ele se voltou novamente contra Herick e disparou mais uma vez contra ele.
 
Uma câmera de segurança gravou todo o fato e foi a principal prova da Polícia Civil para concluir o inquérito. Durante os trabalhos, os investigadores concluíram que a casa de shows tinha detector de metais em sua entrada, por isso não seria possível o militar entrar no local com uma arma sem ser barrado.


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