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Estado de Minas

Opinião: ''É preciso que prefeitura e Infraero tirem esta bomba-relógio de nossas cabeças''

O bairro tem várias escolas infantis e uma subestação da Cemig, que ficam na rota de passagem dos monomotores


postado em 22/10/2019 06:00 / atualizado em 22/10/2019 16:06



Seis meses depois, uma nova tragédia acontece no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Em abril deste ano, um avião de pequeno porte caiu na Rua Minerva e provocou a morte do piloto. Ontem, pela segunda vez, outra aeronave perdeu altura e colidiu com três carros a pouco mais de 50 metros de onde ocorreu o primeiro acidente, provocando a morte de três pessoas e deixando outras três em estado grave. Trata-se de uma tragédia anunciada que se repete, provocando medo e indignação em moradores, não só do Caiçara, mas de bairros próximos ao Aeroporto Carlos Prates.

Ontem, estava chegando em casa quando ouvi uma forte explosão. A princípio, pensei ser um acidente de carro. Olhei pela janela e uma fumaça preta densa começava a se levantar a poucos metros de onde moro. Moradores gritavam assustados que mais um avião tinha caído no bairro. Desci as escadas do prédio e sai correndo, assustada, para acompanhar os primeiros socorros e registrar o acidente até a chegada da equipe de reportagem do Estado de Minas. Enquanto tentava conversar com bombeiros e moradores para entender a extensão do acidente, familiares e amigos me ligavam sem parar e mandavam mensagens, preocupados em saber se estava tudo bem comigo. Vizinhos conversavam indignados e se perguntavam até quando vamos ter que viver sobressaltados. A revolta é grande por conta da insegurança e do medo que ronda nossas casas e nossas famílias.

Ver galeria . 42 Fotos Um avião de pequeno porte caiu em um cruzamento do Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte. Carros foram atingidos e pessoas morreramPaulo Filgueiras/EM/DA Press
Um avião de pequeno porte caiu em um cruzamento do Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte. Carros foram atingidos e pessoas morreram (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press )


Inaugurado em 1936, o aeroporto contabiliza outras quedas de aeronaves nas imediações. Ocorre que a densidade populacional na região só tem aumentado, elevando o risco de novos acidentes. Não há como ficar indiferente quando um avião sobrevoa próximo ao edifício em que você mora. Cada vez que eles passam, muitas vezes rentes ao prédio, um arrepio percorre o corpo. Não gosto nem de pensar no que pode acontecer. Até porque o bairro tem várias escolas infantis e uma subestação de energia da Cemig, que ficam na rota de passagem dos monomotores, elevando o grau de preocupação quanto a um acidente de grandes proporções.

(foto: Teresa Caram/EM/DA Press)
(foto: Teresa Caram/EM/DA Press)


Moradores do Caiçara se reuniram ontem à tarde e estão fazendo um abaixo-assinado para pedir a desativação do aeroporto, que coloca a vida de todos em risco. É preciso que a prefeitura e a Infraero ajam de forma responsável e encontrem outro local mais adequado para receber esses aviões de pequeno porte, tirando esta “bomba-relógio” de nossas cabeças.

Editora de suplementos do Estado de Minas – Moradora do Bairro Caiçara


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