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Estado de Minas DIA DA PADROEIRA

Fiéis saúdam Nossa Senhora Aparecida


postado em 13/10/2019 04:00 / atualizado em 13/10/2019 07:23

Dom Vicente Ferreira presidiu tradicional celebração na Praça da Cemig(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Dom Vicente Ferreira presidiu tradicional celebração na Praça da Cemig (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

 

O céu muito azul, da cor do manto da padroeira do Brasil, deu o tom nas tradicionais celebrações em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. Houve missa em muitas paróquias mineiras e, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o ponto alto correu na Praça da Cemig, em Contagem, onde a missa celebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de BH dom Vicente Ferreira reuniu cerca de mil pessoas que não se incomodaram com o sol quente. Na véspera da canonização, no Vaticano, da Bem-Aventurada Irmã Dulce dos Pobres, que se torna hoje Santa Dulce dos Pobres, dom Vicente destacou que Nossa Senhora Aparecida e a religiosa natural de Salvador (BA) são “dois bonitos projetos de Deus para os brasileiros”.

 

Irmã Dulce foi uma pessoa preocupada com a dignidade do ser humano, acrescentou o bispo. Ele também destacou os 35 anos de celebração da missa do dia 12 de outubro, na Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida, que representa “um trabalho de evangelização unindo Contagem, Betim e outras regiões”.

 

Logo no início da missa, dom Vicente teve um gesto que arrancou aplausos dos fiéis: como havia cadeiras sobrando no altar, no qual já estavam acomodados 21 sacerdotes, o bispo auxiliar fez um convite para que pessoas que estavam à frente ocupassem os lugares. “Estamos aqui, na sombra, vendo vocês aí sob o sol forte. Então, quem quiser, pode vir.” Depois das palmas, pessoas da organização encaminharam um grupo de crianças ao altar – afinal, o dia também era deles e delas. Houve ainda homenagem à memória do arcebispo emérito de BH cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo (1924-2019), que morreu na terça-feira, aos 95 anos, vítima de complicações decorrentes de pneumonia.

 

De óculos escuros e terço na mão, a assistente social Maria da Glória Morais, moradora do Bairro Amazonas, em Contagem, não se incomodou em ficar de pé, bem em frente ao altar, perto da imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Tenho muita fé. É como se diz: ‘Com o terço na mão e Maria no coração, se vai a qualquer lugar’”, contou Maria da Glória. Não muito longe, a viúva Judite das Graças Sales assistia à missa com a filha Kátia Aparecida dos Santos. “Ela tem esse nome em homenagem à nossa padroeira. Tive uma gravidez de muito risco, cheguei a ficar internada, então, rezei para Nossa Senhora Aparecida”, afirmou.

 

EXEMPLO Reinaugurada no dia 4, depois de quase dois anos fechada, a Igreja São Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, abriu as portas para uma missa especial em louvor à padroeira – hoje, às 10h30, haverá celebração eucarística.

 

O assistente pastoral padre Welinton Lopes, titular da Paróquia de Santo Antônio, no Bairro Jaraguá, na Região da Pampulha, celebrou a missa. Falando sobre a Irmã Dulce, o sacerdote ressaltou que “é um exemplo a ser copiado”, pois traz uma mensagem de esperança e fé. “Nosso sentimento é sempre por um Brasil melhor”.

 

Visitando pela primeira vez a igrejinha, o vendedor Evandro Pereira dos Santos, morador do Bairro Novo Glória, na Região Noroeste, foi de bicicleta e gostou muito do templo projetado na década de 1940 pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012). “É muito bonita, transmite paz”, definiu. Ao lado, um amigo que também foi pedalando, completou baixinho: “Show de bola”.

 

 

Leonardo e Janaína com Luíza, de 2 anos: Dia das Crianças e de pedalar(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Leonardo e Janaína com Luíza, de 2 anos: Dia das Crianças e de pedalar (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
 

Festa também para a criançada 

 

Em todos os cantos da cidade, a criançada tomou conta dos espaços, carregando brinquedos ou curtindo o dia ensolarado na companhia dos pais. O casal Leonardo Nascimento Costa, engenheiro, e Janaína Couto Sacramento Costa, fonoaudióloga, levou a pequena Luíza, de 2 anos e 6 meses, para um passeio pela orla da Lagoa da Pampulha. “Ela ganhou um presente, mas, ontem, só falava nesse passeio”, contou Janaína. A família foi de carro e levou as bicicletas e capacetes para se proteger bem.

 

A coordenadora de setor de supermercados Patrícia Guadaini também curtiu a orla ensolarada com a filha Laura Cristina, de 5 anos. Abraçada com a boneca que ganhou, Laura ficou contemplando o espelho d'água e gostou de ver as garças. “Olha, mamãe, ela não tem orelha”, descobriu a menina.

 

Perto dos jardins projetados por Roberto Burle Marx (1909-1994) e igualmente restaurados, o médico- veterinário Mateus Camargos, de 35, morador do Bairro Padre Eustáquio, passeou com o filho Antônio, de 4, na maior descontração, como pedia a manhã ensolarada. Diante da Igrejinha, falou com o filho para rezar para o “Papai do Céu”. E acrescentou: “Praticamos a espiritualidade, rezamos todas as noites”. 


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