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Estado de Minas

Vale anuncia obras de R$ 1,8 bi para Brumadinho em quatro anos

Mineradora revelou plano de intervenções para região destruída por rompimento de barragem em janeiro e prevê gastos de até R$ 500 milhões em 2019


postado em 26/06/2019 11:45 / atualizado em 26/06/2019 12:26

Barreira hidráulica é uma das intervenções previstas para a região do rompimento da barragem(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Barreira hidráulica é uma das intervenções previstas para a região do rompimento da barragem (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Cinco meses depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a empresa anunciou um pacote de obras de R$1,8 bi com o objetivo de reduzir o carreamento de rejeitos para o Rio Paraopeba e reconstruir equipamentos públicos. As medidas foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira.

Os trabalhos devem mobilizar 2,5 mil trabalhadores da região. Dentro da Mina Córrego do Feijão, a mineradora está executando obras para reforçar a estabilidade das estruturas remanescentes, entre as quais a barragem B6, e do material que permaneceu na Barragem B1. Ao todo, serão aplicados R$ 1,8 bilhão até 2023, dos quais cerca de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões gastos este ano.

O Plano de Contenção de Rejeitos apresentado pela empresa aos órgãos públicos, logo após o rompimento da barragem, divide as obras em três trechos. São 23 ações integradas que têm o objetivo de reduzir significativamente o carreamento de material para o rio. A empresa explicou que desde maio, o Rio Paraopeba não recebe minério de ferro após a construção de uma barreira.

Cortina para evitar passagem de rejeitos do Córrego Ferro-Carvão para o Rio Paraopeba é outra intervenção viabilizada para a região de Brumadinho(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Cortina para evitar passagem de rejeitos do Córrego Ferro-Carvão para o Rio Paraopeba é outra intervenção viabilizada para a região de Brumadinho (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)


Já o plano para recuperar o Ferro-carvão, atingido pela lama, deve demorar cerca de 3 anos. Além disso, estão sendo executadas intervenções para recuperar e reconstruir equipamentos públicos das comunidades impactadas. Algumas já foram entregues, como a construção da ponte da Avenida Alberto Flores e a reforma da Igreja Nossa Senhora das Dores.

As obras envolvem a contratação de 28 empresas. A previsão é de gerar 2,5 mil empregos no pico de obras. Atualmente, há cerca de 1,3 mil trabalhadores atuando nas intervenções, sendo mais de 700 de Brumadinho.

Confira algumas ações realizadas e outras em andamento

- A nova ponte da Avenida Alberto Flores já foi concluída e o trânsito de veículos foi liberado nos dois sentidos em 10 de abril.

- A Igreja Nossa Senhora das Dores, em Córrego do Feijão, usada como Ponto de Apoio do Corpo de Bombeiros após o rompimento da B1, foi reformada e revitalizada. Cerca de 200 famílias (800 pessoas) moram na região. O retorno das celebrações no local aconteceu no dia 21 de abril, Domingo de Páscoa.

- Construção de novo acesso viário de Córrego do Feijão à Avenida Alberto Flores, ligando a comunidade ao Centro de Brumadinho. A via terá cerca de 3,5 km de extensão. Esse acesso, conhecido como Estrada do Cantagalo, também será asfaltado, assim como as vias que fazem parte do conjunto de Mobilidade de Córrego do Feijão, que permitirão restabelecer o tráfego de veículos local e de passagem na comunidade de forma mais segura.

- Manutenção e melhorias em cerca de 700 quilômetros de acessos viários em Brumadinho e outras cidades impactadas, como São Joaquim de Bicas e Mário Campos. Esse trabalho é rotineiro, realizado de segunda a domingo, em regime de 12h/dia. O objetivo é mitigar o impacto do trânsito de veículos pesados nas vias locais.

- O ramal ferroviário atingido pelo rompimento da B1 está em fase final de desmontagem. Será construído um acesso rodoviário no lugar, com 3,6 quilômetros de extensão e de uso exclusivo para veículos usados nas obras, especialmente para o manejo de rejeitos. De 80 a 100 veículos pesados utilizarão o acesso e deixarão de circular nas vias locais, mitigando o possível impacto no trânsito dentro das comunidades.


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