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Estado de Minas

Vale terá que recolher animais das proximidades da mina de Barão de Cocais

Tutores terão telefone para acionar a empresa e solicitar resgate dos bichos. Talude pode ser romper entre 19 e 25 de maio, segundo levantamentos da própria mineradora


postado em 17/05/2019 19:31

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

 

Em meio à ameaça do desmoronamento de um talude da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (Região Central), a Vale terá que resguardar retirar animais, domésticos ou silvestres, das proximidades do complexo minerário. O compromisso, firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), vale para as zonas de Autossalvamento (ZAS), 10 quilômetros a jusante da Barragem Sul Superior, e de Segurança Secundária (ZSS), fora da ZAS mas ainda dentro da mancha de inundação.


Foi determinado, ainda, que a empresa forneça provisão de alimento, água e cuidados veterinários aos animais que aguardam resgate. Os tutores poderão acionar a mineradora pelo telefone 0800 031 0831 e solicitar o salvamento.


Em 14 de fevereiro, dias depois de evacuar mais de 450 moradores da ZAS, a Justiça já havia obrigado a mineradora a executar plano de ação para proteção à fauna em Barão de Cocais. De acordo a decisão, a empresa ficou obrigada a, entre outras medidas, localizar, resgatar e cuidar dos animais deixados nas áreas de risco.


A Vale informou que a cava da Mina de Gongo Soco vem sendo monitorada 24 horas por dia de forma remota, com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas da estrutura, além de sobrevoos com drone.


O videomonitoramento é feito em tempo real pela sala de controle em Gongo Soco e no Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Quatro equipamentos estão localizados na sala de controle em Gongo Soco e outros dois no CMG.


De acordo com a empresa, dados atuais de monitoramento pelo radar instalado na cava mostram a possibilidade de deslizamento do talude norte da cava, que está localizada a 1,5 km da Barragem Sul Superior.

Mas, o monitoramento via radar e estação robótica nesta estrutura não traz evidência de processo de deformações na barragem. A mineradora acrescentou que não há elementos técnicos, até o momento, para se afirmar que, com o eventual escorregamento do talude, a Barragem Sul Superior possa se romper.


A estrutura está em nível 3 da escala de rompimento – que significa risco iminente de rompimento – desde 22 de março.


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