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Estado de Minas

Exército começa a reforçar atendimento contra dengue em BH

Corporação designou 54 militares para ajudar no serviço, atuando principalmente em questões administrativas. Objetivo é liberar pessoal da Prefeitura de BH para lidar com atendimentos clínicos


postado em 07/05/2019 12:08 / atualizado em 07/05/2019 16:02

Militares já estão atendendo para desafogar funcionários da PBH(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Militares já estão atendendo para desafogar funcionários da PBH (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)

Começou na manhã desta terça-feira a colaboração do Exército Brasileiro nas unidades de atendimento aos pacientes com sintomas de dengue em Belo Horizonte. A corporação designou 54 militares para atuarem na parte administrativa das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Centros de Atendimento à Dengue (CADs).

De acordo com a Prefeitura de BH, os militares vão repassar orientações para a população, auxiliar no fluxo de atendimento e realizar trabalhos administrativos, como preenchimento de fichas e notificações. Dessa forma, a equipe da área assistencial poderá concentrar esforços no atendimento à população.

O Exército Brasileiro  começou os trabalhos  nas unidades de atendimento aos pacientes com sintomas de dengue em Belo Horizonte logo cedo. O chefe da Comunicação Social da 4ª Região Militar, Major Aristóteles Júnior, pontua que já é percebível a redução na espera pelo atendimento na manhã desta terça-feira.

"Nós tivemos uma demanda da PBH, por meio da secretaria, na última sexta e prontamente atendemos. São 54 militares, divididos nas nove regionais, em turnos de 7h às 13h e 13h às 19h. Todos passaram por um treinamento simples e estão dando apoio administrativo para aliviar a demanda. Na prática, eles fazem o cadastramento dos pacientes e digitação dos relatórios", disse

A subsecretária municipal de Atenção à Saúde, Taciana Malheiros, explicou que o primeiro cadastro é importante para a identificação dos casos mais graves. "Ao identificar sinais de alerta e sintomas da dengue mais agravados,  iniciamos a hidratação venosa, buscamos a agilidade no exame e, consequentemente, iniciamos os cuidados necessários", explicou. Portanto, com a chegada do exercito, os profissionais da saúde que estavam escalados  pra essa função foram remanejados  para  assistência direta ao cidadão. Ela explicou que a média de atendimentos são de 150 a 180 por dia. 

A aposentada Cidália dos Santos, de 77 anos, amanheceu na sexta-feira com dores pelo corpo. "Parece que meu olho ia sair pra fora de tanta dor. Não podia encostar na minha pele", contou. O problema se agravou ainda mais e ela decidiu ir até o Centro de Atendimento à Dengue Nordeste, no Bairro São Paulo, no fim da tarde de segunda. "Cheguei às 18h e só fui embora às 4h. O atendimento demorou um pouco, mas o que me agarrou aqui foi resultado do exame - que confirmou meu diagnóstico de dengue. Hoje, eu tive que retornar para fazer um exame de plaquetas. Elas estão muito baixas", contou.

Pela manhã, a tenda com a presença do Exército já estava montada e ela conta que foi atendida rapidamente. "Não fiquei nem 30 minutos. Fui muito bem atendida por eles. Acho que acelerou o atendimento", relatou a senhora. 

O estudante de direito José Geraldo dos Santos, de 56 anos, concorda. O local estava cheio, mas a rotatividade era grande.  "Acho que o exército ajudou pra fazer atendimento mais especifico. Normalmente, é nesse primeira triagem que demora mais. Os lugares estão cheios, muita gente doente. É importante ter o reforço", avaliou. Porém, ainda acredita que pode melhorar. "Precisamos de mais médicos para agilizar ainda mais. Os sintomas são fortes, muita gente passando mal", acrescentou. 

A subsecretária municipal de Atenção à Saúde explicou que além da presença do exército e das demais ações, a PBH  contratou no mês de abril e início de maio 340 profissionais, sendo 125 médicos . "Estamos avaliando de acordo com a necessidade", explicou. Sobre o tempo de espera, ela disse que depende da "avaliação clínica". A pessoa que chega com os sintomas clássicos de dengue é atendida e liberada para casa. O paciente com suspeita de dengue tipo c, que possui sinal de alarme ou gravidade, fica pra hidratação", explicou.

É importante ressaltar que o atendimento não é feito por ordem de chegada e sim por ordem de prioridade. A subsecretária não soube precisar o tempo médio de espera, mas admite que os postos, centros e UPAS estão cheios. O exército deve continuar atuando até o dia 21 de maio. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) divulgou nesta terça-feira um boletim atualizado da situação da dengue no estado. Já são mais de 209 mil casos prováveis, que juntam diagnósticos confirmados e casos suspeitos e 25 mortes. Veja matéria clicando aqui.


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