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Estado de Minas

Liberação de ponte é adiada de novo


postado em 16/03/2019 05:16

Pouco após o início da obra, enxurrada carregou o que estava pronto (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 26/2/19)
Pouco após o início da obra, enxurrada carregou o que estava pronto (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 26/2/19)

 

Em meio a protestos de moradores, foi adiada mais uma vez a liberação da ligação que vai restabelecer o trânsito de comunidades até a sede de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Coordenaria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MG) informou ontem que, de acordo com a empresa responsável pela instalação da ponte na Rodovia Alberto Flores, estão previstas para 10 de abril a conclusão das obras e a liberação do tráfego de veículos e de pessoas. O acesso deve atender a 40 distritos da cidade e reduzirá em cerca de uma hora no deslocamento para o Centro. Atualmente, o caminho mais curto feito pelos moradores é por dentro de uma das minas da Vale – percurso considerado arriscado e que em alguns casos até quadruplica o tempo de deslocamento.

Antes do novo prazo, a Vale havia anunciado a previsão de liberar o trecho na semana que vem. Entretanto, mesmo o anúncio de conclusão em 10 de abril ainda pode sofrer alterações, caso condições meteorológicas extremas – como chuvas intensas – afetem o andamento das obras, informou a Cedec em nota. O acesso chegou a ser liberado na tarde de 12 de fevereiro. Mas poucas horas depois, por volta das 17h, a enxurrada provocada por um temporal levou água misturada à lama remanescente do rompimento da barragem da Vale a passar por cima da ponte provisória. A passagem de veículos ficou impedida novamente pela ponte, cuja obra começou em 10 de fevereiro com promessa de durar três semanas.

A ponte da Rodovia Alberto Flores, que foi destruída pelo rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão em 25 de janeiro, conectava o acesso à sede de Brumadinho com pistas de cerca de 50 metros de extensão. A construção da ligação provisória foi definida após reunião entre representantes da Vale, da Secretaria de Obras de Brumadinho, da Defesa Civil e do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DEER/MG).

Desde então, a comunidade voltou a ter acesso à cidade por uma estrada de terra que passa dentro de área da Vale. Além do Córrego do Feijão, outras comunidades rurais dependem da Rodovia Alberto Flores, como as de Casa Branca, Aranha, São José do Paraopeba, Melo Franco e Piedade do Paraopeba. “A Defesa Civil de Minas continua acompanhando e implementando ações de resposta ao desastre ocorrido do dia 25. De igual forma seguimos articulando medidas de construção da comunidade atingida”, completou a nota da Defesa Civil.

Ontem, moradores de brumadinho voltaram às ruas em protesto para exigir a liberação imediata da Rodovia Alberto Flores. Cobraram também o fim da circulação de caminhões de minério Foi o terceiro dias consecutivo de manifestações para exigir agilidade no restabelecimento da circulação no município, seriamente comprometida após a catástrofe da Vale.

Na quinta-feira, cerca de 80 pessoas da comunidade de São José do Paraopeba foram às ruas para exigir a volta do horário de ônibus e reclamar das condições dos veículos que atendem ao povoado. Os moradores montaram uma barricada e atearam fogo para fechar a via de acesso a Moeda. O vigilante Leandro dos Santos, um dos representantes do distrito, disse que a linha que liga a comunidade a Brumadinho funcionava em quatro horários: 5h, 7h30, 11h e 15h. No entanto, desde 25 de janeiro, quando a barragem se rompeu, a empresa de ônibus cortou o horário das 11h e não tem estrutura para transportar muitas pessoas.

Na quarta-feira, moradores do Arraial do Aranha fizeram um protesto contra a Vale. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 60 pessoas queimaram pneus e bloquearam com pedaços de madeira a Rodovia Alberto Flores. Segundo os manifestantes, para chegar às suas casas eles precisam dar uma volta passando pela mineradora, e o trajeto que demorava aproximadamente 30 minutos está consumindo duas horas.


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