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Estado de Minas

Minas tem casos de violência e ameaça de jovens após massacre em Suzano

Jovens mineiros tentam espalhar terror após ataque a tiros que deixou 10 mortos em São Paulo. Polícia tranquiliza moradores


postado em 15/03/2019 17:25 / atualizado em 15/03/2019 17:29

(foto: Reprodução/Redes Sociais)
(foto: Reprodução/Redes Sociais)

Após o ataque a tiros que terminou com 10 mortos em uma escola em Suzano, no interior de São Paulo, jovens tentam espalhar tensão no ambiente escolar em Minas. Uma série de ocorrências ameaçadoras foram registradas nos últimos dias. Na manhã de quinta-feira, um adolescente de 16 anos foi apreendido após entrar com uma arma falsa em uma escola municipal em Cambuí, no Sul de Minas. Nas redes sociais, ele publicou foto com a arma e tentou justificar o ato, dizendo que queria testar a segurança da escola.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o menino era aluno da escola. Ele teria assistido a aula normalmente, e saiu da instituição durante o intervalo. Quando retornou, já estava com a arma feita de madeira e cano PVC. O adolescente apontou a arma para alguns alunos e funcionários, foi ao banheiro fazer a foto para as redes sociais e logo em seguida saiu do colégio.

Na postagem feita nas redes sociais, o jovem estava com o rosto coberto e com a arma na mão, com os seguintes dizeres: "Se fosse uma arma real, poderia ser a mesma tragédia de Suzano. Precisamos de mais segurança nas escolas, por favor".

Funcionários chamaram a polícia, que conseguiu apreender o menino em uma praça próxima à escola. Em sua casa, foram encontradas outras 10 armas falsas, dois canivetes e uma faca. O material foi apreendido.

Segundo a PM, a mãe do adolescente sabia que ele fabricava as armas, mas relatou que acreditava que era uma forma de artesanato, não imaginava que ele poderia usar para tal finalidade. 

Ele foi apresentado para a Polícia Civil e depois para a promotora do Ministério Público. Os órgãos vão apurar em conjunto o caso e optaram pela divulgação restrita do fato para não influenciar novos casos.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação, mas a secretária Andreia Noronha de Brito não estava no momento. Ninguém quis falar a respeito.

Norte de Minas

No dia do ataque em Suzano, 13 de fevereiro, uma adolescente de 16 anos, publicou em suas redes sociais mensagens de apoio aos atiradores. A estudante da Escola Estadual Maristela de Minas, em Curral de Dentro, no Norte de Minas, foi orientada e advertida pelo Conselho Tutelar, que compareceu ao colégio juntamente com a Polícia Militar. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação, que até a publicação desta matéria, não havia se manifestado.

(foto: Reprodução/Redes Sociais)
(foto: Reprodução/Redes Sociais)
Um vídeo divulgado nas redes sociais circula em Montes Claros, Norte de Minas, onde, nas proximidades da Escola Estadual Augusta Valle, no Bairro Interlagos, uma pessoa usando roupa preta e bandana com imagem de caveira, parecida com o traje usado por um dos atiradores de Suzano. Mas, a Polícia Militar tranquilizou a população de que em momento algum chegou a ser oferecido perigo para os alunos da Escola Augusta Valle. O Centro de Operações da Polícia Militar informou que uma equipe da patrulha escolar da corporação esteve na escola e constatou que a pessoa que aparece nas imagens é um jovem, de 17 anos, que um autista e que sofre de outros problemas mentais.

De acordo com a PM, o vídeo que circula nas redes sociais foi gravado na quarta-feira, antes do episódio violento na escola na Grande São Paulo. A corporação informou que o adolescente autista usa as roupas de fantasia apenas como terapia, indicada para o tratamento psicológico e psiquiátrico. Neste caso, ele não tem nenhuma vinculação com jogos violentos, que teriam influenciado os dois atiradores que invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, conforme aponta as investigações. Segundo a PM, os pais do adolescente autista pediram desculpas aos pais de alunos pelo transtorno causado. (Com informações de Luiz Ribeiro)

Outros casos

Na última quinta-feira, um jovem de 18 anos utilizou o Facebook para apoiar o massacre e ameaçar fazer o mesmo em uma instituição de ensino em São Pedro do Avaí, distrito de Manhuaçu, na Região da Zona da Mata. Para a polícia, ele afirmou que as mensagens foram “brincadeiras”. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado, e o rapaz liberado. O celular dele, que segundo a Polícia Militar (PM), possuía  conversas com grupos de outros estados que também são favoráveis ao atentado, foi apreendido para ser periciado. (Com informações de Pedro Lovisi)

Na noite dessa quinta-feira, a escola estadual de Nova Lima, na Grande BH, foi o alvo. Um estudante de 20 anos atirou para o alto na porta da instituição. Detido pela Polícia Militar (PM), ele disse que fez isso porque colegas estavam espalhando boatos sobre a sexualidade dele. De acordo com a Polícia Civil, ele foi preso em flagrante por disparo de arma de fogo e crime de ameaça. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que a diretoria foi orientada a procurar os pais dele para sugerir um encaminhamento para atendimento psicológico. 

Outro estudante de 18 anos foi detido após o atentado de Suzano, dessa vez por incitação ao crime após uma publicação dele em uma rede social. Na mensagem, ele dizia que nesta sexta-feira mataria pessoas na escola estadual em que estuda, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. À polícia, ele disse que a intenção era fazer uma “brincadeira”. A Polícia Civil informou que o estudante assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por apologia ao crime ou criminoso (Art. 286 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40). A pena pode ser de três a seis meses de prisão, detenção ou multa. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal e a audiência ainda será marcada. (Com informações de Cristiane Silva)
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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