(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Vale não autorizou terceiros, inclusive advogados, a falar em seu nome

Advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores da mineradora, afirmou que "não vê responsabilidade" da companhia sobre o rompimento da barragem


postado em 28/01/2019 14:42 / atualizado em 28/01/2019 15:11

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

A assessoria de imprensa da mineradora Vale divulgou nota no início da tarde desta segunda-feira, 28, com esclarecimento de que "não autorizou nem autoriza terceiros, inclusive advogados contratados, a falar em seu nome". "A Vale volta a ressaltar, de forma enfática, que permanecerá contribuindo com todas as investigações para a apuração dos fatos e que esse é o foco de sua diretoria, juntamente com o apoio às famílias atingidas", cita a nota.

Mais cedo, o advogado Sergio Bermudes, um dos principais defensores da mineradora, afirmou que "não vê responsabilidade" da companhia sobre o rompimento da barragem em Brumadinho e que já havia enviado à Justiça mineira pedido de reconsideração sobre as decisões que bloquearam R$ 11 bilhões do caixa da empresa.

Bermudes atacou falas do senador Renan Calheiros (MDB), provável candidato à Presidência do Senado que. neste domingo, 27, defendeu pelo Twitter que a diretoria da Vale fosse afastada. "Eu acho que a declaração do senador Renan Calheiros é uma declaração leviana que, na aparência, parece que quer tirar dividendos políticos do sofrimento causado pelo fato", disse o advogado.


"Também não tem nenhuma procedência a ideia de que haverá intervenção do governo na Vale. De acordo com o artigo 37 da Constituição, o governo tem de agir no estrito termo da legalidade. Não há nenhuma lei que permita a intervenção. A Vale é uma empresa privada, de propriedade da Previ, via Litel, do Bradesco, via Bradespar, do BNDES, via BNDESpar, da Mitsui e de inúmeros outros acionistas."


Ele ainda fez críticas à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que afirmou que a empresa deve ser responsabilizada "severamente" pelo caso. "Parece não ter fundamento a declaração da procuradora-geral de que há crime. A Vale tem todo o interesse em apurar a existência de crime, embora não haja nenhum elemento apontando nesse sentido", afirmou o advogado.


O pedido de reconsideração sobre o bloqueio de bens, que totalizam R$ 11 bilhões, foi ingressado na Comarca de Brumadinho e ainda está em análise, segundo o defensor. Ele argumenta que "nem ela (Vale), nem nenhuma outra empresa, tem essa liquidez. Ela tem dinheiro suficiente para atender qualquer necessidade e, por outro lado, ela tem um patrimônio gigantesco, capaz de responder por qualquer responsabilidade que seja apurada de acordo com a lei." 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)