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Estado de Minas

Morador de Lavras morre depois de contrair leishmaniose visceral

A vítima fazia o tratamento contra a doença, mas não resistiu. É a primeira morte pela enfermidade neste ano na cidade. Adolescente de 13 anos também foi infectado


postado em 04/04/2017 15:53 / atualizado em 04/04/2017 22:12

Ações de prevenção e controle do mosquito Lutzomya longipalpis, popularmente conhecido como mosquito palha, foram intensificadas em Lavras, na Região Sul de Minas Gerais, depois da morte de um homem de 36 anos por leishmaniose visceral. A vítima fazia o tratamento contra a doença, mas não resistiu. Essa é a primeira morte pela enfermidade neste ano na cidade. Adolescentes de 13 anos também foi infectado.

De acordo com Richardson Carvalho, gerente de Vigilância Epidemiológica do município, o morador demorou para procurar atendimento. “O paciente apresentou sintomas há mais de um ano e só buscou atendimento em 10 de março. Ele fez teste rápido de leishmaniose, que deu positivo. De imediato, começou o tratamento”, explicou.

O homem estava com febre, perda de peso e fraqueza no corpo. “Ele protelou muito para buscar atendimento médico. Tem um histórico de reclusão, por isso não se preocupou muito. Quando procurou, estava em estágio bem avançado, com aumento de fígado e baço. Estava na metade do tratamento, mas veio a óbito”, concluiu Carvalho.

A leishmaniose é uma doença de caráter eminentemente rural, mas que avançou e passou a ser comum em áreas urbanas. A enfermidade é caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia. A preocupação é que, caso não tratada, o paciente pode morrer em mais de 90% dos casos.

Quem transmite a doença é a fêmea do inseto, popularmente conhecido como mosquito palha. Segundo o Ministério da Saúde, esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e suas asas permanecem eretas e semiabertas em posição de repouso. O mosquito pica cães infectados e depois os seres humanos, transmitindo o parasita Leishmania chagasi, causador da doença.

Prevenção

Depois da morte do morador, a Secretaria Municipal de Saúde de Lavras tomou medidas de prevenção. “Intensificamos a realização de testes caninos, principalmente nos bairros onde os moradores infectados moram, melhoramos a educação em saúde, com panfletagens, e realizamos palestras em escolas e empresas para informar sobre a doença. Também realizamos borrifação para controle vetorial”, comentou Carvalho.

Além da morte por leishmaniose visceral, a cidade também já confirmou outro caso da doença. A paciente é uma adolescente de 13 anos que passou por tratamento e está bem. Outros dois casos de leishmaniose tegumentar americana também foram constatados.

Casos em MG

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram um aumento da doença em Minas Gerais. No ano passado, foram constados 514 casos da enfermidade e 55 mortes. Os números ficam abaixo apenas de 2010, quando houve 558 confirmações e 60 mortes. Ainda não há levantamento sobre o número de casos em 2017.

RB


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