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Estado de Minas

Explosão que matou três operários em Ouro Branco será investigada

Funcionários de empresa terceirizada que faziam trabalho de solda morreram na segunda em usina da Gerdau. Sindicato da categoria exige que a empresa crie uma comissão com a presença de representantes do sindicato para apurar a causa do acidente


postado em 16/11/2016 06:00 / atualizado em 16/11/2016 07:55

Vista da siderúrgica Gerdau, em Ouro Branco: sindicato dos metalúrgicos quer criar comissão para acompanhar investigações(foto: Marcelo Sant'Anna/EM/DA Press- 28/06/2006)
Vista da siderúrgica Gerdau, em Ouro Branco: sindicato dos metalúrgicos quer criar comissão para acompanhar investigações (foto: Marcelo Sant'Anna/EM/DA Press- 28/06/2006)
Um acidente na usina da Gerdau, em Ouro Branco, Região Central do estado, matou três funcionários e deixou um ferido. Uma equipe da Convaço, empresa terceirizada que prestava serviço para a siderúrgica, fazia um trabalho de solda num dos gasômetros da usina, no alto-forno, quando houve uma explosão, por volta das 16h30.


Douglas Eduardo Neto, 24, Allan Roger Prado, 23, e José Cezar Miguel, de 51, morreram. Eli Carlos Almeida Fernandes, 36, ficou ferido, mas já teve alta. Eles foram encaminhados para o Hospital Fundação Ouro Branco.

A explosão só foi divulgada ontem por meio de uma nota. No texto, a Gerdau informou que as duas empresas estão “prestando toda a assistência às famílias das vítimas e trabalhando para apurar as causas do acidente”.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco, também por meio de uma nota, afirmou que os acidentes na usina têm sido frequentes e envolvem principalmente trabalhadores de empresas terceirizadas. De acordo com o sindicato, no dia 10, um trabalhador terceirizado caiu do alto-forno e teve um corte profundo na barriga. No começo do mês, dois trabalhadores também sofreram uma queda na área da aciaria (local onde o ferro-gusa é convertido em aço). Um ficou ferido e o outro segue internado em estado grave.

A entidade diz ainda que vai exigir que a empresa crie uma comissão com a presença de representantes do sindicato para apurar a causa do acidente. “A recusa da empresa sobre esta proposta do sindicato nos levará ao Ministério Público Federal do Trabalho (...) Nossas condolências aos familiares”, diz trecho da nota. Segundo o sindicato, vários trabalhadores ficaram em estado de choque com o acidente.

Allan Prado e Douglas Neto, dois dos operários mortos, eram de Ipatinga(foto: Reprodução internet/Facebook)
Allan Prado e Douglas Neto, dois dos operários mortos, eram de Ipatinga (foto: Reprodução internet/Facebook)
TRISTEZA Douglas e Allan eram primos e moravam em Ipatinga. Douglas era recém-casado e Allan estava noivo. As companheiras dos dois jovens ficaram inconsoláveis com as mortes. Nas redes sociais, a noiva de Allan, Francieli Moreira, fez uma homenagem ao namorado com quem estava há cinco anos. “Não tenho palavras pra descrever o que sinto. Única coisa que sei é que te amarei para sempre e você foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Te amo pra sempre, minha vida. Saudades eternas”, escreveu Francieli. A reportagem não conseguiu contato com familiares dos operários mortos.


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