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Estado de Minas

Ganhador da Mega-Sena em Varginha pode faturar mais de meio milhão/mês só na poupança

Em Varginha, onde foi feita a aposta que levou o prêmio sozinha, todas as especulações são sobre a identidade do felizardo


postado em 31/10/2016 06:00 / atualizado em 31/10/2016 07:54

Uma história quase tão misteriosa quanto o suposto aparecimento do ET em Varginha, há 20 anos, mas muito mais “rica”, mobiliza a cidade do Sul de Minas. Afinal quem é o sortudo que levou, sozinho, a bolada de R$ 76,5 milhões na Mega-Sena? Durante todo o domingo, desde bem cedo, essa era a pergunta que ecoava em praças, ruas e estabelecimentos comerciais do município. O sorteio foi realizado sábado em Teresina (PI), mas é em Varginha que a curiosidade anda solta, sem hora de parar.

No sábado pela manhã, em um hotel do Centro da cidade, os funcionários estavam com a pulga atrás da orelha, conforme definiu um deles. “A desconfiança está grande até entre nós. Teve um rapaz que chegou atrasado ao trabalho e já pensamos que era ele o novo milionário”, brincou o recepcionista Alan Patrick, de 25 anos. Alan não é muito adepto dos jogos de loteira, mas adiantou que, a partir de agora, vai passar a apostar mais.

Funcionária de uma padaria da cidade, Liliane Aleixo afirmou que o assunto não sai das rodas de conversa. “Estão falando muito sobre o prêmio. Está todo mundo curioso”, disse. “O pessoal aqui está mais tranquilo, embora sem esconder a curiosidade”, disse outro morador, certo de que, se fosse o sortudo, já teria sumido do planeta. “Talvez tivesse feito igual ao ET”, brincou. Ele acredita que o tititi será maior hoje, quando o comércio estará funcionando e se saberá em qual lotérica o jogo foi feito.

Na feira do mercadão municipal, a preocupação de quem são foi ungido pela sorte era fazer as compras e ir curtir o almoço de domingo. Outro morador lembrou que a fortuna anda sorrindo para o Sul de Minas já que, este ano, um apostador de Ipuiuna, com menos de 10 mil habitantes, faturou sozinho R$ 35 milhões, com um único bilhete comprado na única casa lotérica local.

O prêmio acumulado era o do Concurso 1.871. Somente o apostador de Varginha acertou as seis dezenas. O prêmio que será resgatado é de R$ 76.548.193,31. E o que fazer com tanto dinheiro? – é o que se pergunta quem só pode sonhar com uma bolada deste tamanho. Pode parecer grana que não acaba mais, mas não são raros os de milionários da loteria que ficaram pobres, lembra o consultor Paulo Vieira, professor da disciplina de finanças da Faculdade Novo Horizonte.

“Quando se ganha um montante desses, o felizardo deve levar em consideração aspectos sobre qualquer investimento: seu horizonte, objetivos e gostos; e o nível de risco (tolerância ao risco)”, explica o professor. Para Vieira, a possibilidade de que o ganhador seja um produtor rural da cidade, tradicional polo de cafeicultura, até sugere que a destinação do dinheiro não fuja de sua área de atuação. “O mais difícil ele conseguiu: ser aquele um entre os 52 milhões – segundo probabilidade sugerida pela Caixa – de apostadores que acertou os seis números. E, se ele já está inserido no agronegócio, não há motivos para deixar a atividade em que já tem experiência.”

Paulo Vieira, porém, considera que um montante desses permite ao sortudo ousar em alguns investimentos, mas recomenda a assessoria de uma corretora especializada. “O mercado de ações pode ser uma alternativa, já que empresas tradicionais, como a Vale, apesar de momentos de crise, conseguem se recuperar, como vem ocorrendo, com o aquecimento do mercado de minério de ferro. Há também títulos públicos, entre outros. O que um especialista não recomendaria é uma aplicação do montante na poupança, apesar dos mais de R$ 500 mil ao mês de rendimentos”, pontuou.

Se o ganhador for um consumidor desenfreado, é prudente separar parte da bolada para investir. Fazer extravagâncias, como comprar um barco de R$ 30 milhões, ou quase 40% do valor do prêmio, como o do apresentador Luciano Huck, pode não ser bom negócio, pois envolve ainda outros gastos, como ancoragem, tripulação e manutenção, que são relevantes. Mas nem por isso vale adquirir cerca de 2.780 carros Fiat Palio, o modelo mais barato do país, que poderiam ser faturados com os R$ 76,5 milhões.


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