
Segundo o policial, criminosos como Péricles Gomes Ribeiro, apontado como o responsável pelos 771kg e distribuidor em BH, estão se unindo para fazer um mesmo pedido. “Grandes cargas, principalmente de maconha, estão chegando no estado e são distribuídas rapidamente. As vezes, chega uma tonelada em um dia e, no outro dia, já foi distribuída. Está existindo uma forma de associação entre os traficantes, que se unem trazendo grandes quantidades e uma distribuição mais rápida”, diz o delegado.
De acordo com Kleyverson Rezende, esse modo de agir aumenta o desafio para a Polícia Civil, já que os trabalhos de apreensão de drogas normalmente são acompanhados de campanas que podem durar mais tempo e se apoiam na manutenção de estoques, que são distribuídos de forma mais devagar. “Em cinco ou seis horas essa droga pode ter sido distribuída. Eles estão tentando distribuir mais rápido para não ficar armazenando”, afirma o policial. Apesar da mudança de estratégia dos criminosos, ele diz que a Polícia Civil está atenta à situação e trabalhando com sua inteligência para dar golpes no tráfico como o que ocorreu no Bairro Maria Goretti, que contribuiu diretamente para o aumento das apreensões em 2016.
No caso da maconha apreendida em julho no Bairro Maria Goretti, a investigação ainda busca apontar as conexões de Péricles Gomes, conhecido como “Gugu”, que já teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. O que a Polícia Civil já sabe, até então, é que a maconha veio do Mato Grosso. O carregamento foi encontrado logo que desembarcou em um ferro-velho, onde “Gugu” se apresentava como funcionário. A suspeita da Polícia Civil é de que o local sirva de fachada para o descarregamento de drogas. Péricles confirmou ser o responsável pela maconha, mas não deu detalhes que ajudassem a polícia a identificar conexões e outros envolvidos no esquema.
