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Estado de Minas

MP denuncia cunhado de Ana Hickmann por homicídio

Posicionamento da promotoria é de que o denunciado se excedeu na legítima defesa ao reagir a ataque de fã armado, tomar-lhe o revólver e matá-lo


postado em 07/07/2016 19:19 / atualizado em 07/07/2016 22:37

Gustavo Henrique Bello alegou legítima defesa em depoimento e delegado concordou com a tese(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Gustavo Henrique Bello alegou legítima defesa em depoimento e delegado concordou com a tese (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)

O 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette vai analisar o pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para indiciar o cunhado da apresentadora Ana Hickmann, Gustavo Henrique Bello, que matou Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos, autor de um atentado contra a modelo, em 21 de maio, em Belo Horizonte. A denúncia do promotor Francisco de Assis Santiago foi entregue nesta quinta-feira. O posicionamento da promotoria é de que o denunciado de excedeu na legítima defesa. O posicionamento contraria a investigação da Polícia Civil, que considerou que Gustavo se defendeu. A corporação pediu, ainda, o arquivamento do processo.

Francisco Santiago informou que vai se posicionar sobre a denúncia somente se ela for acatada pela Justiça. Caso isso aconteça, Gustavo passará a ser réu pelo caso que aconteceu em maio no Hotel Caesar Business, no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na ocasião, Rodrigo, apontado pela polícia como um fanático por Ana Hickmann, rendeu Gustavo e o obrigou a ir até o quarto onde estava a apresentadora. Ao chegar no local, ele encontrou Ana e a mulher de Gustavo, Giovana Alves de Oliveira, que também é assessora da modelo. Lá, Giovana foi atingida por um tiro e o invasor, morto durante briga com o cunhado da modelo.

Especialistas acreditam que o principal argumento usado na denúncia pelo MPMG será o excesso na legítima de defesa. A tese contraria as investigações da Polícia Civil. No inquérito, o delegado Flávio Grossi, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável pelo caso, separou o crime em duas partes para reconhecer a legítima defesa. Na primeira, para salvar Ana e Giovana de Oliveira, sua mulher e assessora da artista, Gustavo se lança sobre o fã para tentar tomar-lhe a arma. Nesse momento, há o primeiro disparo e Giovana é atingida. Em seguida, ela e Ana saem do quarto e a porta se fecha.

Na segunda parte, Gustavo dá uma rasteira em Rodrigo, cai em cima dele e os dois lutam por minutos. Um segundo tiro é disparado quando Gustavo faz um movimento com as mãos para tentar tirar a arma de Rodrigo. O disparo queima a mão do cunhado da apresentadora, que fica com a marca do tambor da arma, com lesões de primeiro e segundo graus, mas a bala atinge o teto do quarto. Depois, Rodrigo é atingido por três tiros derradeiros, em um intervalo de apenas três segundos. Antes, Gustavo ainda tentou tirar a arma mordendo o braço de Rodrigo, o que foi comprovado na necropsia. A perícia indicou que pelo menos no primeiro disparo eles ainda estavam em luta.

Procurado pela reportagem para falar sobre a denúncia do MPMG, o advogado que representa Ana Hickmann e Gustavo, Maurício Bemfica, disse que o ocorrido no hotel foi um caso típico de legítima defesa. "Não tenho muito o que falar, porque ainda não tenho ciência dessa situação. Se isso acontecer (o acolhimento da denúncia), nos pronunciaremos oficialmente", diz o advogado.

 

(RG)


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