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Estado de Minas

Sirene toca em Mariana para lembrar os seis meses da tragédia

Encontro promoveu rodas de debates e mobilizou cerca de 500 pessoas em praça da cidade histórica


postado em 05/05/2016 20:52 / atualizado em 05/05/2016 22:41


Seis meses depois da maior tragédia socioambiental do país, cerca de 500 pessoas se reuniram na noite desta quinta-feira na Praça da Sé, no Centro da cidade histórica de Mariana. Sirenes foram acionadas para que todos pudessem ouvir o som que não tocou em 5 de novembro, quando a Barragem do Fundão se rompeu, matando 19 pessoas e devastando quase 1,5 mil hectares de matas ciliares. A hashtag #UmMinutoDeSirene ficou no topo entre os assuntos mais comentados do Twitter.

O encontro organizado pelo coletivo Um Minuto de Sirene, criado por moradores de Mariana e simpatizantes da luta das vítimas da Barragem do Fundão, foi marcado por rodas de debate, uma mostra de vídeos e depoimentos de pessoas que foram atingidas pelo mar de lama. Um microfone foi colocado na praça para dar voz aos moradores e participantes do evento. A organização Greeapeace também divulgou o link com o som da sirene.

Em imagens do evento, gravadas em vídeo divulgado pelo coletivo, o grupo cantou uma música em homenagem à comunidade Krenak. Os indígenas da etnia vivem às margens do Rio Doce, em Resplendor e estão entre as comunidades afetadas pela catástrofe.

Cleverson Lima, um dos integrantes do movimento, destaca a importância da participação popular, e, principalmente, das vítimas, em todo o processo: “Nesses seis meses existem vários temas para serem debatidos, como o carreamento de lama que continua a descer para a bacia hidrográfica, a investigação que está parada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a questão do próprio tombamento (dos distritos de Bento e Paracatu de Baixo). Apoiamos a ideia que os atingidos participem, para entender como vai ser esse processo”.

Além dos danos às comunidades, a tragédia poluiu três rios (Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce), soterrou pelo menos 100 nascentes e deixou incontável número de animais mortos.

Crime ambiental


Os promotores de Defesa do Meio Ambiente de Mariana e do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) denunciaram a Samarco e 14 funcionários da empresa por crime ambiental nesta quinta-feira. O anúncio feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pede o afastamento dos empregados e a entrega dos passaportes dos acusados. (RB)


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