
A esposa de Rodrigo, Simone Bezerra, de 43 anos, saiu de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, ainda na manhã desta quinta-feira, junto com o cunhado, Valdecir Ferreira, e o dono do caminhão acidentado, Jamil Jacob. A única notícia que tinham antes de partir era de que o ajudante tinha sido operado. Porém, no meio do trajeto até a capital mineira, por volta das 14h, foram informados de que ele tinha morrido. Por causa disso, foram direto para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo. Mas, chegando lá, reconheceram apenas o corpo do motorista do caminhão, Jorge Ricardo Ferreira da Cunha, de 52. "Falaram que tinha um rapaz de 17 anos vítima de atropelamento. Mas não batia", disse Valdecir.

O desencontro nas informações sobre a suposta morte do ajudante ocorreu por causa da semelhança entre o nome dele e o de outro paciente que estava internado no hospital – Adenildo Barbosa Inocêncio, que morreu. Adenildo também sofreu acidente de trânsito e tinha 34 anos, dois a menos que Rodrigo. Como o ajudante Rodrigo Barbosa Vicente foi levado para o hospital sem a documentação e estava na UTI, houve a confusão com os nomes.
O acidente
Rodrigo fazia a segunda viagem dele para o dono do caminhão. Às 16h57 de quarta-feira, como mostram as imagens das câmeras de segurança de imóveis próximos, o acidente aconteceu. Segundo a Polícia Militar, o caminhão placa LCE 2467, de São Gonçalo (RJ), desceu um trecho íngreme da Rua Centauro, invadiu a contramão da Avenida Cônsul Antônio Cadar, bateu na mureta de uma quadra de peteca e tombou no canteiro da calçada. A manicure Melrilene Cavalcanti da Silva, de 23, estava passando e morreu ao ser atingida pelo veículo, que transportava carga de cimento. O motorista do caminhão, Jorge Ricardo Ferreira da Cunha, de 52, também morreu na hora. O ajudante Rodrigo foi socorrido com ferimentos graves.
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