
Apesar de as crianças terem achado interessante o desafio que representou escalar a grande árvore que se interpôs entre os obstáculos de madeira dos brinquedos e escorregadores do parquinho, os pais não acharam graça de ver uma ameaça daquelas no ambiente frequentado pelos pequenos. “Esta é uma área muito frequentada, principalmente nos fins de semana. Acho que a PBH deveria ter mais atenção para a conservação e o estado dessas árvores. Uma praça é gostosa com árvores, mas não dá para pôr em perigo quem a frequenta”, disse a analista jurídica Giselle Magalhães, de 35 anos, mãe de gêmeos de 2 anos e meio que se divertiam no parquinho. “E me parece que essa árvore não tinha raízes muito firmes”, observou a analista. De fato, as raízes não ultrapassavam 30 centímetros de profundidade e aparentavam ser insuficientes pelo tamanho do tronco e dos galhos.
Outro frequentador, o professor universitário Homero Domingues, de 42, criticou o fato de a PBH, dois dias depois do acidente, não ter removido a árvore, cheia de espinhos do espaço de lazer das crianças. “Não dá para dizer se a árvore estava frágil, mas ela tinha de ter sido retirada na sexta-feira mesmo, quando caiu, ou no dia seguinte e não ficar esparramada no parquinho”, afirma.
A reportagem do Estado de Minas procurou a PBH e até o fechamento da edição a assessoria de imprensa não tinha uma posição oficial sobre a situação das árvores e os motivos pelas quais elas não foram removidas.
