
Segundo a PMRv, cerca de meia hora antes do acidente com a caminhonete, os policiais a viram passando com o giroflex ligado, em frente ao posto de Uberlândia. Minutos depois, foi a vez de o Doblò com adesivos da corregedoria cruzar o posto policial, também com giroflex acesso. Policiais suspeitam de que o segundo veículo também esteja circulando com plotagem falsificada do órgão de segurança. A hipótese é de que ambos estivessem sendo usados para transporte de drogas ou armas. A S10 estava sem o banco traseiro e um tapume de madeira fazia a divisão com os bancos dianteiros.
MISTÉRIO O acidente com a S-10 ocorreu por volta das 3h. A PM da cidade de Prata ligou para o posto da PMRv informando sobre uma capotagem na altura do Km 51 da MGC-497, próximo ao Rio Tejuco. Militares seguiram para o trecho e, quando chegaram ao local, encontraram a caminhonete preta, com adesivo da Força Nacional, tombada. O veículo, porém, estava vazio. Ao pesquisarem a placa, os policiais descobriram que ela pertencia à Coordenadoria-Geral de Logística do Ministério da Justiça, no Distrito Federal.
Quando fizeram o levantamento com a numeração do chassi, os militares descobriram que o veículo, cuja cor original era prata, havia sido tomado de assalto em 17 de junho, no Bairro Nossa Senhora das Graças, em Uberlândia. No interior da caminhonete, foram encontradas uma placa de uma S-10 de São Paulo, um par de coturnos, um de botinas, chinelos, tênis e uma mala com roupas. Depois de ser periciada, a caminhonete foi removida para um pátio do Detran.
Força Nacional de Segurança Pública
Foi criada em 2004 pelo então ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos. Sua função é atender às necessidades emergenciais e aos pedidos de reforço urgente na segurança dos estados, em questões onde se fizer necessária a interferência maior do poder público ou for detectada a urgência de reforço na área de segurança. Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, tem sede em Brasília. É composta por 13 mil integrantes, entre policiais militares, bombeiros, policiais civis e peritos dos grupos de elite dos estados, indicados pelas secretarias de Segurança, que passam por um rigoroso treinamento no Batalhão de Pronta-Resposta (BPR). Atualmente, está presente em 14 unidades da federação, com efetivos maiores em Alagoas, Mato Grosso do Sul e Piauí.