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Estado de Minas

MPF investiga se empresa que fazia auditoria da Samarco participa de obras em barragem

A documentação do contrato já foi solicitada e está sendo analisada por uma força-tarefa criada pelo órgão para apurar as consequências e as responsabilizadas da tragédia


postado em 04/12/2015 21:02 / atualizado em 04/12/2015 23:37

O Ministério Público Federal (MPF) investiga se a empresa que fazia parte da programação da obra de alteamento da Barragem de Fundão, que se rompeu em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, é a mesma que realizava auditoria da Samarco, empresa responsável pela mina. A documentação do contrato já foi solicitada e está sendo analisada por uma força-tarefa criada pelo órgão para apurar as consequências e as responsabilizadas causadas pela maior tragédia ambiental do país.

“Temos esses indícios e estamos analisando essa documentação. A empresa que fazia a auditoria da barragem também participava da construção. Como princípio básico de fiscalização, não é interessante que o fiscalizador e o fiscalizado serem a mesma pessoa. Como se trata de empresa privada, ela tem a liberdade econômica de procurar no mercado, então, estamos apurando para ver se há alguma irregularidade”, explica o procurador de Ipatinga, Eduardo Henrique de Almeida Aguiar, integrante da força-tarefa.

A equipe de investigação foi montada por procuradores de toda a área do acidente, desde Mariana até a desembocadura do mar. O trabalho de apuração está dividido na prevenção de novos rompimentos, nos danos, e na responsabilização da tragédia. “As barragens de Germano e Santarém, estamos fazendo um trabalho para prevenir a possibilidade de ruptura. Aparentemente está controlada a situação, mas não está 100%. Também contratamos peritos que estão fazendo levantamento dos danos em comunidades indígenas, quilombolas, nas unidades de conservação e nos distritos atingidos. Depois, vamos buscar toda a recomposição do dano com a empresa”, afirma o procurador.

Em relação a responsabilidades da tragédia, o MPF apura a linha criminal, civil e administrativa. “Além da empresa, também verificamos a situação federal, como o licenciamento e a fiscalização das barragens. Estamos analisando esses dados que são complexos e necessita de contra-análise, então, é precipitado divulgar. Posso dizer que temos linhas investigativas muito forte, mas a divulgação pode atrapalhar nas investigações”, conclui.


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