
De acordo com a Polícia Civil, Charles Coelho de Souza Júnior, de 26 anos, foi vítima de latrocínio. Daniel Junior Pires Marques, de 19 anos, também investigado por participar na execução do soldado, continua foragido. O mandante do crime seria Vanderlei Silva Andrade (o Chacal), de 32 anos, que lidera uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e roubo de veículos. Ele comandava a quadrilha de dentro de um presídio, em Contagem, onde cumpre pena que soma mais de 60 anos de reclusão.
A partir da investigação do latrocínio cometido contra o soldado Charles, a polícia descobriu uma ampla rede criminosa comandada por Vanderlei. No dia do crime, os suspeitos, sob a orientação de Vanderlei, procuravam um veículo para ser roubado. Ao se aproximarem do local onde estava o soldado, o trio optou por levar o carro ocupado por Charles, sem saber que a vítima era policial militar. Eles tinham a intenção de roubar um veículo com as mesmas características do automóvel da vítima.
Durante a abordagem, Charles, em um primeiro momento, não apresentou reação. Acreditando, porém, que tinha condições de reagir ao assalto, o militar resolveu tentar evitar o delito, mas acabou sendo baleado. Os suspeitos ainda roubaram a arma do policial, uma pistola 380, que não foi localizada. Dhiego e Dener chegaram a fugir para Teófilo Otoni, mas, ao saberem que a polícia já tinha conhecimento sobre a placa do carro utilizado no crime, retornaram para a capital, abandonando o veículo na cidade.
A Polícia Civil acredita que houve uma falha de planejamento por parte do grupo, que geralmente escolhia como vítima mulheres ou homens de porte físico mais frágil, o que não condizia com as características do soldado. Em um áudio recuperado pela polícia, Vanderlei conversa sobre a morte do policial militar e falha na escolha da vítima.
