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Estado de Minas

Mãe de criança promete continuar estudos para homenagear a filha

Emanuelly Vitória Fernandes, de 5 anos, morreu no desastre de Mariana, depois do rompimento de duas barragens da Samarco


postado em 12/11/2015 12:25 / atualizado em 12/11/2015 16:59

"Vou continuar estudando, pois era o que a minha filhinha mais gostava de fazer". Foram com essas palavras que Pamela Rayne Fernanda de Sena, de 21 anos, mãe da menina Emanuelly Vitória Fernandes, de 5 anos, lembrou da filha. A criança morreu no rompimento de duas barragens da Samarco em Mariana, Região Central de Minas, há uma semana.

A promessa e a homenagem da mãe de Emanuelly foram feitas durante uma reunião que discutiu o destino de crianças e adolescentes das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, atingidas pelo desastre.

Pamela Dayane ainda não se recuperou da morte da filha e criou forças para participar da reunião que decidiu o futuro escolar dos alunos das comunidades destruídas. Ela que está hospedada em hotel de Mariana levou o filho Nicolas, de 3, que ainda não estuda. Ela se emocionou ao comentar que na segunda- feira sua filha não estará mais em sala de aula com os seus colegas.

"Minha filha era muito estudiosa e eu planejava um outro futuro para ela. A vida dela era estudar, andar de bicicleta e brincar de boneca", lembrou a mãe, emocionada. "Ela estava toda animada com a formatura da primeira série agora", disse.

Pamela não sabe como será o seu futuro. O marido dela está internado no hospital de Santa Bárbara, na Região Central do estado, onde aguarda uma cirurgia em um dos pés após sofrer fratura exposta. Rayne vai para uma casa alugada para recebê-lo quando ele tiver alta médica.

Grávida de três meses, Pamela só tem um desejo agora."Espero que seja uma menina", disse, com os olhos marejados, acariciando a barriga e já tendo um motivo para voltar a sorrir.

COMOÇÃO A morte de Emanuelly Fernandes, a Manu, como era chamada, emocionou os moradores de Bento Rodrigues. Ela foi arrastada pela lama de rejeitos de minério de ferro quando estava nos braços do pai, Wesley Pinto Izabel, de 22.

Ela foi encontrada nas margens de um rio em Ponte de Gama, a 100 quilômetros de Bento Rodrigues, cinco dias depois do desastre. A menina foi enterrada no cemitério de São Gonçalo, em Mariana.

 


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