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Estado de Minas

Polícia Civil abre inquérito para apurar fornecimento de drogas para presídio de Barão de Cocais

O esquema foi descoberto depois que o motorista de caminhão Maikson Apolinário tentou matar o filho de 3 anos com um tiro na testa e se matar em seguida. Comparsa dele, Argos Alceu Muniz da Cruz, já foi indiciado por tráfico de drogas e outros crimes


postado em 26/10/2015 16:58 / atualizado em 26/10/2015 16:17

A Polícia Civil de Barão de Cocais, na Região Central de Minas, abriu inquérito para apurar o fornecimento de drogas e celulares para detentos do presídio da cidade. Na madrugada de domingo, o motorista de padaria Maikson Antônio Apolinário, de 26 anos, tentou matar o próprio filho de 3 anos, com um tiro na testa, e depois se matou pulando de um pontilhão da 70 metros de altura fora da cidade. No Fiorino que ele usava para levar o café da manhã para os presos foram encontradas 14 buchas de maconha, mais dois tabletes da mesma droga, quatro celulares e quatro chips, tudo embrulhado em plástico transparente e dentro da garrafa térmica de café de 9 litros.

O comparsa do motorista, Argos Alceu Muniz da Cruz, de 25, foi preso ainda no domingo e indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, porte de armas e cárcere privado. Antes de disparar um tiro na testa do filho e se matar, Maikson manteve a mulher e a criança trancados em um quarto desde sábado. Segundo a Polícia Civil, Argos sabia da situação das vítimas e esteve na casa por algumas vezes. As investigações são comandadas pelo delegado Paulo Tavares Neto. Ele apura o possível envolvimento de mais pessoas no tráfico de drogas, inclusive funcionários do presídio.

O sargento Rogério Dias e o cabo Arthur Magalhães, da 57ª Companhia da PM de Barão de Cocais, contam que a mulher do motorista os procurou por volta das 5h pedindo socorro. Ela havia levado várias coronhadas na cabeça e conseguiu escapar do agressor. “Ela sangrava muito e a levamos para o hospital”, conta o sargento Rogério. A vítima disse aos PMs que desde as 14h de sábado era mantida presa com o filho. “Ela alegou que por duas vezes eles saíram de carro e foram até uma localidade conhecida como antigo lixão. Quando saíam de casa pela terceira vez, a mulher conta que deu um chute na porta do carro e saiu correndo gritando por socorro. Os vizinhos saíram e Maikson arrancou o carro e fugiu levando o filho”, explica o policial.

Quando os militares deixavam o hospital para procurar o motorista e a criança, o dono da padaria onde ele trabalhava recebeu um telefonema do funcionário dizendo que estava em uma localidade conhecida por Castro, onde passa um pontilhão da linha férrea de 70 metros de altura. O dono da padaria avisou aos PMs e esses partiram para o local. “Achamos o carro abandonado, com o motor ligado e os faróis acesos. Ainda era escuro. No banco da frente, estava a criança sangrando muito, com uma perfuração de tiro na testa, ainda com vida. Socorremos o garoto imediatamente, deixamos no hospital e voltamos para o pontilhão para continuar as buscas. Por volta das 6h, encontramos o motorista morto debaixo do pontilhão, de onde ele pulou.

Dentro do Fiorino da padaria, usado para entregas em empresas e no presídio, peritos de Itabira encontraram 14 buchas de maconha, mais dois tabletes da mesma droga, quatro celulares e quatro chips, tudo enrolado em plástico transparente, dentro da garrafa térmica de café de 9 litros. “Segundo apuramos, a droga seria entregue às 6h da manhã no presídio de Barão de Cocais, horário em que ele entregava o café", conta o sargento Rogério. O garoto baleado segue internado em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, para onde foi transferido no domingo em um helicóptero do Corpo de Bombeiros.


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