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Estado de Minas

Envolvidos em desvio de verba da Santa Casa de Araxá serão investigados por outros crimes

Investigação será aberta para apurar se houve compra de apoio político na Câmara Municipal e para analisar convênios liberados na época em que um dos detidos foi prefeito interino da cidade


postado em 17/08/2015 19:29 / atualizado em 17/08/2015 19:35

Os envolvidos no desvio de verbas da Santa Casa de Araxá, no Triângulo Mineiro, serão investigados por outros crimes. De acordo com a Polícia Civil, uma nova investigação será aberta para apurar se houve compra de apoio político na Câmara Municipal e para analisar convênios liberados na época em que o presidente da casa, Miguel Júnior (PMDB), foi prefeito interino da cidade. Quatro pessoas continuam presas e outras sete são investigadas pelo desvio de R$ 262 mil que seriam destinados à unidade de saúde.

Além de Miguel Júnior, continuam presos os vereadores Sargento Amilton (PTdoB), José Gaspar Ferreira de Castro, o Pezão (PMDB) e um outro homem detido nesta segunda-feira. Segundo o delegado César Colombari, responsável pelas investigações, o presidente da Câmara Municipal confessou à polícia que o esquema de desvio de dinheiro da Santa Casa foi criado durante a visita do administrador da unidade de saúde ao seu gabinete. A polícia já pediu que os investigados sejam afastados de seus cargos. Eles poderão ser indiciados por peculato, organização criminosa e falsidade ideológica.

De acordo com o delegado, Miguel Júnior liberou verbas para a Santa Casa e determinou que parte do valor deveria retornar para ele. "A partir daí eles simularam uma compra com notas que não correspondiam às mercadorias adquiridas para que os cheques de emissão da Santa Casa fossem levados e depositados nas contas bancárias para que fizessem a distribuição entre eles", explicou o esquema.

Nesta segunda-feira, três pessoas foram detidas pelo uso de suas contas correntes para descontar cheques da unidade de saúde e “lavar” os valores provenientes dos desvios. Eles assumiram que as contas foram usadas, mas dois deles foram liberados porque colaboraram com as investigações. "Não há porque manter a custódia cautelar de alguém cuja presunção de inocência vale na legislação brasileira", disse o delegado.

Valor será devolvido à Santa Casa

De acordo com o delegado César Colombari, o valor desviado será devolvido à Santa Casa de Araxá. "O trabalho da Polícia Civil junto ao Ministério Público recuperou e irá recompor todo o patrimônio lesado da Santa Casa, inclusive com valores superiores, que servirão para indenizar moralmente a instituição", explica.


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