Na página virtual elas dão dicas de praças para serem visitadas e contam com colaboradores que falam sobre o universo infantil, dão dicas para as famílias e outros serviços. Mas, o que mais faz sucesso são os encontros em praças públicas marcados pela internet. Em três anos do blog, 74 praças e parques foram visitados pelas amigas, que relatam a situação do espaço público, para que o internauta possa avaliar e escolher o seu destino.
Flávia Pellegrini é mãe de Cecília, de 4 anos, e de Olívia, de 8 meses. A amiga Míriam tem Sara, de 3, e Raul, de 2 meses. “O blog surgiu porque a gente sentiu uma necessidade de encontrar uma programação na internet para passeios para crianças, com informações sobre os espaços públicos de Belo Horizonte. A gente queria conhecer praças e parques, mas as orientações do site da prefeitura eram muito defasadas”, diz Flávia. Em todos os locais visitados elas fazem um registro fotográfico e uma avaliação do local. “A gente coloca tudo. Como é a questão da segurança, a limpeza, o endereço”, comenta.
Passados os oito primeiros meses do blog, os leitores começaram a pedir para acompanhar as publicitárias em suas visitas às praças. Foi aí que surgiu o projeto Encontro na Pracinha. “A gente marca encontros bimestrais em praças e parques e há uma programação brincante, com oficinas e contação de histórias para as crianças. Já foram realizados 15 encontros.”
No primeiro, em janeiro de 2013, foram 27 famílias. No último, em março, 400 famílias marcaram presença. “Criamos uma praça virtual que se transformou em uma praça real. Já promovemos piquenique com trocas de brinquedos, em janeiro, e agora em abril promovemos o piquenique literário. Além disso, a gente publica todo dia conteúdo novo no blog, dicas de brincadeira para o pai fazer com o filho, orientação de uma psicóloga, de uma pediatra e de nutricionistas. Temos vários colaboradores falando do universo materno-infantil”, disse Flávia.
Para ela, o que mais a satisfaz é o retorno das famílias que não tinham o hábito de frequentar os espaços públicos e agora estão indo para as ruas com os seus filhos. “Algumas dizem que gostaram demais e vão voltar, enquanto outras contam que descobriram uma praça no bairro onde moram, que nem sabiam que existiam, e que ficaram conhecendo graças ao nosso projeto. É muito bom saber que estamos despertando as pessoas para uma vida melhor.”