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Estado de Minas

Ciclista denuncia falta de tolerância dos motoristas


postado em 12/05/2015 06:00 / atualizado em 12/05/2015 07:07

Sinalização e equipamentos de segurança são fundamentais(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.a Press)
Sinalização e equipamentos de segurança são fundamentais (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.a Press)

O crescimento do número de acidentes com ciclistas acompanha proporcionalmente a quantidade de pessoas que usa esse tipo de transporte, mas também é influenciado pelo que é classificado pelo ativista Gil Sotero como “impaciência generalizada” dos motoristas.  “Atualmente, o que vemos é que parte de motoristas não tolera pedestres, carroceiros, bicicletas e qualquer coisa que julguem atrapalhar sua velocidade”, diz Sotero, integrante de um grupo de ciclistas. Ele aponta ainda que muitas vezes um erro cometido por adepto das bikes está relacionado à falta de conhecimento, coisa que não acontece com um condutor de automóvel, por exemplo. “Motoristas e motociclistas vão à autoescola, ainda que sejam os que mais se envolvem em acidentes, enquanto ciclistas e pedestres não receberam nenhuma orientação para o trânsito e carecem de campanhas que os ajudem”, acrescenta.

Junto da imprudência apontada pelo ativista, problemas nas ciclovias são apontados como causadores de acidentes pelo mecânico de bicicletas Helton Batista dos Santos, de 37 anos. Atropelado na Avenida Tereza Cristina em janeiro, ele não tinha condições de usar a ciclovia quando sofreu o acidente. “A parte exclusiva para os ciclistas tem lixo, esgoto, caco de vidro e pessoas fazendo caminhada. Quando fui atropelado, estava do lado direito da via, mas o carro que me acertou quis fazer uma ultrapassagem pela direita e não me percebeu. Ele fugiu em seguida”, afirma o mecânico, que não precisou de atendimento médico e continua seguindo todos os dias de bike entre os bairros Nova Cintra e Grajaú, ambos na Região Oeste.

O coordenador do curso de Engenharia de Transportes do Cefet/MG, Guilherme Leiva, lembra que, além da imprudência dos motoristas, o despreparo para lidar com uma modalidade que tem sido mais representativa nas ruas da cidade gera consequências no número de atendimentos contabilizados nos hospitais. “Saímos da quase inutilização das bicicletas para um uso até certo ponto representativo. Com isso, observa-se o despreparo dos usuários de outros modos de deslocamento em relação à presença da bicicleta”, afirma o professor.

CONSCIENTIZAÇÃO Em nota, a BHTrans informou que, com o Programa Pedala BH, promove o uso da bicicleta na capital, um meio de transporte de baixo custo de aquisição e de manutenção, não poluente, silencioso, flexível nos deslocamentos e promotor da melhoria da saúde. Atualmente são 74,42 quilômetros de ciclovias na cidade, de um total de 380 de rotas identificadas como possíveis de serem percorridas de bike. A meta de implantação total está prevista para 2020. “A Gerência de Educação para a Mobilidade da BHTrans desenvolve sistematicamente ações educativas de conscientização junto aos motoristas para o respeito aos ciclistas. Essas ações também são dirigidas aos ciclistas, com o objetivo de sensibilizá-los para o cumprimento das normas de trânsito. Em 2013 e 2014, as campanhas contaram com distribuição de cartilhas distintas para motoristas e ciclistas”, diz texto encaminhado pela empresa.

Ainda segundo a BHTrans, atualmente há 19 quilômetros de vias exclusivas sendo implantados na Avenida Pedro I (4 quilômetros), na Avenida Olinto Meireles (4,32) e em vias das regiões do Barreiro e de Venda Nova (10,85). O Programa Pedala BH é também responsável pela conservação das ciclovias. Cerca de 15 quilômetros já receberam obras de manutenção. Quanto à critica feita por ciclistas ao uso de blocos de concreto nas pistas da Pampulha, o gerenciadora diz que escolhe o tipo de separador “em função do volume de tráfego da via, de forma a garantir a segurança dos ciclistas”.


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