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Estado de Minas

Dono de academia trata morte de estudante de 15 anos como fatalidade

Adolescente sofreu mal súbito ao se exercitar em um dos aparelhos de musculação de unidade no Prado, em BH. Equipe sustenta que avaliação não indicava risco de saúde


postado em 11/03/2015 06:00 / atualizado em 11/03/2015 08:11

Jovem foi levado às pressas ao Hospital Odilon Behrens, onde chegou sem vida(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Jovem foi levado às pressas ao Hospital Odilon Behrens, onde chegou sem vida (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
As circunstâncias da morte de um adolescente de 15 anos, que sofreu mal súbito durante exercícios de musculação em uma academia do Prado, Oeste de Belo Horizonte, serão investigadas pela Polícia da Civil. O estudante Luiz Gustavo Nogueira iniciava o treinamento em um dos aparelhos, conhecido como remada, quando tombou desacordado. Funcionários e clientes do estabelecimento o socorreram e chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe médica fez massagens de ressuscitação e levou o garoto para o Hospital Odilon Behrens, onde ele deu entrada, já sem vida, às 18h14.

O sócio-proprietário da academia, Matheus Chagas, considerou que foi uma fatalidade, já que Luiz Gustavo recebeu todos os cuidados de imediato. “No momento estavam dois médicos entre os alunos, que prontamente prestaram socorro, além de nossa equipe, que é treinada. Em menos de 10 minutos os socorristas do Samu chegaram e foram realizados todos os procedimentos para ressuscitá-lo. Infelizmente, não houve sucesso”, lamentou o empresário.

O fisioterapeuta André Alvarenga, que presta serviços para a academia e é responsável pela avaliação dos alunos, antes da definição dos treinos físicos, afirmou que Luiz não apresentava qualquer problema de saúde que o impedisse de fazer musculação. “Ele foi submetido a teste ergométrico e de resistência física. Na avaliação, é feito um questionário que busca identificar qualquer problema de saúde. Luiz, que apresentava um quadro de sobrepeso, demonstrou estar saudável e nem sequer fazia uso de qualquer medicamento”, explicou.

Segundo o fisioterapeuta, não foram pedidos exames clínicos nem avaliação de um cardiologista, pois o estudante já praticava atividades física e não apresentou qualquer histórico que indicasse a necessidade de cuidados especiais. Luiz Gustavo iniciou os treinos de musculação há cerca de um mês, depois de passar pela avaliação física, em fevereiro. “A ficha dele era de exercício leves, por cerca de uma hora, que não exigiam grande esforço físico, como é comum a adolescentes que estão começando”, destacou Alvarenga.

Um avô e uma tia do garoto seguiram para o Hospital Odilon Behrens, mas, em estado de choque, não conseguiram falar sobre o episódio. Um amigo dos parentes disse que Luiz já praticava atividades físicas e que não tinha históricos de problemas de saúde, nem antecedentes na família que pudessem indicar o risco de morte súbita. Um funcionário da academia contou que até o fim do ano passado o adolescente fazia pilates. Ele decidiu fazer musculação, inicialmente, visando perder peso. “Ele não tinha o perfil de ‘marombeiro’, que quer ganhar massa muscular a curto prazo. Não era esse seu objetivo e certamente não tomava qualquer tipo de ‘bomba’”, garantiu, referindo-se a substâncias anabolizantes. Os pais do menino também praticam atividades física com uma personal trainer da mesma academia.

O corpo de Luiz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), para identificação da causa da morte. O caso deve ser encaminhado à delegacia de área, caso se confirme que a morte ocorreu por causas naturais. A Divisão de Crimes Contra a Vida (DCCV) só apura a ocorrência se houver indícios de homicídios


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