(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Videoclipe de funk gera polêmica por usar trechos do livro sagrado dos muçulmanos

Música "Passinho do romano", que misturou a letra brasileira com citações do Alcorão, fez sucesso na web, mas desagradou internautas que podem ter ligação com o islamismo


postado em 09/01/2015 06:00 / atualizado em 09/01/2015 08:05

Funk que cita trechos do livro sagrado Alcorão foi retirado de rede social(foto: Youtube/Reprodução)
Funk que cita trechos do livro sagrado Alcorão foi retirado de rede social (foto: Youtube/Reprodução)

A repercussão negativa de um videoclipe de um grupo de funk, que na música cita trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã, levou o produtor musical mineiro Pedro Henrique Monteiro Moreira, de 30 anos, o P.Drão, a retirar o material da rede social. No YouTube, ainda é possível encontrar uma versão amadora do clipe Passinho do Romano, com 28,3 milhões de acessos, até o começo da noite de ontem, com 171.671 curtidas positivas e 36.546 de reprovação, além de uma cópia do vídeo original postada por uma pessoa que não é ligada ao produtor musical. Em todas, há comentários criticando o uso de trechos do livro sagrado dos muçulmanos, a maioria em língua francesa.

Pedro Moreira disse nessa quinta-feira que, em cerca de três meses que o videoclipe ficou na rede social, recebeu centenas de comentários negativos, além de uma ligação em seu celular. Mas, segundo ele, nenhuma com ameaças à sua integridade, o que o leva a pensar que foram apenas críticas de fiéis e simpatizantes do islamismo.

“Desde a retirada do vídeo não mais chegaram esse comentários. Penso que foi apenas um mal entendido. Imagino que, se produzisse um videoclipe que tivesse uma citação da oração Pai Nosso, que os católicos considerassem indevida, certamente poderia ocorrer manifestação semelhante”, minimizou Pedro.

O produtor explica que o passinho do romano é um estilo de funk. No período de quase três meses de exposição do videoclipe, entre outubro e dezembro do ano passado, cuja a música tem o mesmo nome do estilo da dança, ocorreram 2,7 milhões de acessos, com 26 mil curtidas negativas e 13 mil positivas, além de mais de 3 mil comentários. “Percebi os comentários de estrangeiros e, depois de traduzi-los, constatei a indignação de pessoas que cultuam a religião islâmica. Fizemos uma reunião e não tivemos dúvidas quanto a retirada do material”, explicou.

Repercussão

Pedro Moreira afirma que apenas produziu o videoclipe para a equipe do Mc Dadinho, que é do Rio de Janeiro. “A música não é minha e não sei se ainda continua sendo divulgada. Com oito anos atuando na produção do gênero, fiz meu trabalho e não esperava tal repercussão. Já dei por encerrado o assunto e não tenho qualquer responsabilidade com qualquer outra divulgação do vídeo na rede de internet”, finalizou. A equipe do Mc Dadinho foi procurada, mas ninguém foi encontrado para falar sobre a música.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)