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Estado de Minas

Polícia Civil decide exonerar diretor que liberou ex-delegado para curso à distância

A decisão ocorre depois da Justiça de Ouro Preto e o Ministério Público negarem informações dadas pelo diretor de que os órgãos teriam autorizado a saída de Geraldo Toledo, acusado de matar a namorada Amanda Linhares, de 17 anos


postado em 14/11/2014 15:33 / atualizado em 14/11/2014 16:24

A Polícia Civil de Minas Gerais decidiu exonerar nesta sexta-feira o delegado Aci Alves dos Santos, diretor da Casa de Custódia de Belo Horizonte, depois de uma série de contradições nas informações prestadas por ele no caso do ex-delegado Geraldo Toledo. Em nota enviada pela assessoria de comunicação, o órgão informa que já encaminhou a ocorrência para a Corregedoria Geral.

A decisão ocorre depois da Justiça de Ouro Preto e o Ministério Público negarem informações dadas pelo diretor de que os órgãos teriam autorizado a saída de Geraldo Toledo para fazer um curso à distância em Belo Horizonte. A promotora de justiça Luiza Helena Fonseca, da Vara Criminal da Infância e Juventude de Ouro Preto, disse nesta sexta-feira, à reportagem do em.com.br, que não houve sequer autorização para a matrícula do aluno.

Toledo, acusado de matar a ex-namorada Amanda Linhares, de 17 anos, com um tiro na cabeça, foi flagrado pela TV Alterosa na manhã de quarta-feira entrando em uma universidade de educação à distância no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte. Ele está preso desde outubro de 2013 na Casa de Custódia da Polícia Civil, por envolvimento em fraudes ligadas a licenciamento de veículos. Segundo a promotora de justiça, existe um benefício estendido inclusive a presos provisórios para que eles possam estudar, mas no caso de Toledo, os documentos apresentados para requerer este privilégio ainda não convenceram o MPMG. “Não tem autorização nenhuma para ele estudar, pelo menos por enquanto”, afirmou.

Na manhã de quinta-feira, o delegado Aci Alves dos Santos havia dito que o preso tinha saído da unidade para um tratamento médico, direito previsto na lei. Depois, a corporação informou que existia uma autorização da Justiça de Ouro Preto, com parecer favorável do Ministério Público, para o curso à distância e que o comparecimento dele ao local acontecia apenas em períodos de provas. Ainda na quinta-feira, a juíza da Vara Criminal de Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva negou a informação.

Amanda foi baleada no dia 14 de abril do ano passado, quando ela e Toledo brigaram em uma estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Região Central de Minas. O ex-delegado nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desavenças, que geraram, inclusive, ocorrências policiais. Pela versão dele, a jovem tentou se matar, mas provas periciais derrubam a hipótese, já que os exames residuográficos não encontraram vestígios de pólvora nas mãos da vítima. Ela chegou a ser internada no Hospital João XXIII, mas morreu 51 dias depois.

Em maio, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu que Toledo irá a júri popular pelo homicídio da ex-namorada, mas ainda não há data definida para o julgamento.

Veja o vídeo do flagrante:


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