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Estado de Minas

PM traça últimas estratégias para despejo e moradores fazem barricada na Granja Werneck

Assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM) afirmou que as ações não devem acontecer antes de segunda-feira. Terreno tem mais de 2,5 mil famílias


postado em 08/08/2014 14:13

Moradores colocaram sofás, madeira e entulho na entrada do terreno pela Rua Atanásia dos Jardins(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Moradores colocaram sofás, madeira e entulho na entrada do terreno pela Rua Atanásia dos Jardins (foto: Polícia Militar/Divulgação)

Moradores das ocupações que vivem na Granja Werneck, conhecida também como Isidoro, na Região Norte de Belo Horizonte, seguem apreensivos com o anúncio de despejo. A Polícia Militar (PM) afirmou que há um efetivo de 1,5 mil homens preparados para cumprir a decisão judicial. A ação deve acontecer somente a partir de segunda-feira. Mesmo assim, o clima de tensão já é visto nas famílias e no entorno do terreno. Uma barricada feita com entulhos, pedaços de madeiras e um sofá, foi feita na madrugada desta sexta-feira na entrada pela Rua Atanásia dos Jardins.

A PM já acionou a Prefeitura de Belo Horizonte para retirar o bloqueio. “Aparentemente, o bloqueio foi feito na última madrugada. A prefeitura já foi acionada para retirar esse material que pode ter sido colocado para atrapalhar a ação dos militares”, afirma o major Didier Ribeiro Sampaio, da assessoria de comunicação do Comando de Policiamento Especializado (CPE).

O comando da PM se reuniu nesta sexta-feira para definir os últimos detalhes do despejo das famílias. “O coronel Machado (chefe do CPE) se reuniu com todos os envolvidos na organização do evento para planetar os detalhes da ação. Não vamos anunciar a data certa do despejo, podemos dizer que a qualquer momento nós poderíamos proceder os apoios aos oficiais de justiça”, comentou Sampaio.

A assessoria de imprensa da PM informou que as ações não devem ocorrer antes de segunda-feira. O despejo será feito com 1,5 mil policiais da 1ª e 3ª Região da PM e CPE. Além deles, vão participar da operação 120 assistentes sociais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), bombeiros, policiais civis e representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Com base em cadastro da prefeitura, a PM calcula que 2,5 mil famílias devem deixar a Granja Werneck, mas moradores declaram que já são mais de 8 mil famílias(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Com base em cadastro da prefeitura, a PM calcula que 2,5 mil famílias devem deixar a Granja Werneck, mas moradores declaram que já são mais de 8 mil famílias (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)


Moradores da área ocupada pelas comunidades Rosa Leão, Esperança e Vitória, reclamaram da presença de PMs no terreno nesta sexta-feira. Porém, conforme Sampaio, o monitoramento irá continuar. “Estamos fazendo o mapeamento da área e o trabalho vai continuar sendo feito. A PM ocupa todos os pontos públicos e as pessoas não podem ficar coagidas”, disse o major.

A reintegração de posse é determinada pela Justiça por meio de liminar. As comunidades estão instaladas em parte de uma área de mais de 3 milhões de metros quadrados. No caso da Ocupação Vitória, a permanência de famílias tem impedido a implantação de empreendimentos do programa federal Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, capaz de abrigar 13,2 mil famílias de baixa renda em Belo Horizonte. O projeto pretende diminuir o déficit de 62,5 mil moradias dessa faixa na capital mineira.

Com base em cadastro da prefeitura, a PM calcula que 2,5 mil famílias devem deixar a Granja Werneck, mas moradores declaram que já são mais de 8 mil famílias.


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