A Polícia Federal investiga o roubo de uma carga de passaportes transportada pelos Correios do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, na semana passada. Os documentos seriam entregues em uma unidade de atendimento da PF, no Shopping Plaza Anchieta, região Sul da capital mineira.
O roubo dos documentos pegou de surpresa quem tem viagem marcada. Uma jornalista que não quis se identificar conta que a filha tem passagem comprada para setembro e agora não sabe quando poderá retirar uma nova via. “Cheguei no shopping e a fila estava enorme. Fomos avisados que a carga havia sido roubada e que a PF iria entrar em contato através de e-mail dentro de seis dias para marcar uma nova data para buscar o passaporte”, afirmou.
De acordo com os Correios, a carga foi interceptada na quarta-feira da semana passada. O caminhão passava pela cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, quando foi abordado pelos criminosos. Os detalhes da ação não foram informados pela empresa, que registrou um boletim de ocorrência. Os Correios notificaram por ofício o remente - a Casa da Moeda -, informando sobre o extravio.
Em nota, a PF confirmou que a carga de passaportes foi extraviada. “Informamos que foram roubadas cadernetas de passaportes destinadas a Minas Gerais, que estavam sendo transportadas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, advindas da Casa da Moeda do Brasil no Rio de Janeiro, órgão responsável pela confecção das mesmas”, afirma o documento.
Os novos passaportes foram pedidos com urgência à Casa da Moeda para substituição dos documentos levados pelos criminosos. “Os requerentes cujas cadernetas foram subtraídas já estão sendo contatados por telefone, para que aguardem o recebimento de um e-mail da Polícia Federal, convidando ao recebimento do novo documento, sem qualquer ônus ao cidadão”, informou a corporação.
A PF esclareceu os passaportes roubados não têm valor documental algum. Eles precisam ser validados no sistema da Polícia Federal no momento da entrega ao requerente, mediante conferência dos dados biométricos do mesmo, por meio de verificação de impressão digital. Por causa disso, impossibilita o seu uso por outra pessoa. O órgão também cancelou, em seu sistema, todas as cadernetas levadas.