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Estado de Minas

Moradores e motoristas cobram solução para o gargalo entre Sion e Belvedere

Circulação na Rua Patagônia, principal via que liga os dois bairros na Região Centro-Sul, é alvo de diversas reclamações. Interdição para canalização de gás gera mais preocupação


postado em 29/07/2014 06:00 / atualizado em 29/07/2014 11:21

Uma das soluções apontadas para quem trafega pela região seria a implantação de mão única na Patagônia, entre as praças Alaska e Nelson Proença, no sentido Belvedere (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
Uma das soluções apontadas para quem trafega pela região seria a implantação de mão única na Patagônia, entre as praças Alaska e Nelson Proença, no sentido Belvedere (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
O anúncio de interdição parcial na Rua Patagônia, no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para obras de canalização de gás durante o próximo mês já preocupa moradores do entorno da via. Isso porque, para quem mora na região, atividades simples como ir à padaria ou ao supermercado exigem planejamento diante das complicações do trânsito intenso e diariamente congestionado. Quem vive, trabalha ou passa pela Patagônia e pelas ruas vizinhas – Haiti, Groenlândia e Nicarágua –, em horário de pico, reclama da retenção nas vias estreitas sem área para estacionamento. Cansados de tanto tempo perdido, moradores aguardam uma solução da prefeitura. Em dezembro, eles apresentaram à BHTrans e à Regional Centro-Sul sugestões de mudança na circulação. Apesar das reuniões com o poder público, nada mudou.

Pela proposta dos moradores, a Patagônia e a Haiti, entre as praças Alasca e Nelson Proença de Gouvea no sentido Belvedere, teriam mão única. Para o trecho inverso, saindo do Belvedere para o Sion, a sugestão é para que a Rua Correias, hoje sem saída, seja aberta até o encontro com a Avenida Celso Porfírio Machado. Assim, será criado novo acesso ao Belvedere.

“É bem-vinda qualquer mudança que alivie os congestionamentos no caminho para os bairros da Região Centro-Sul, pois o trânsito fica congestionado o dia inteiro”, afirma o presidente da presidente da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, Ubirajara Pires Glória, que defende obras ainda mais estruturantes, como alças e viadutos, para melhorar a mobilidade na região.

Há seis anos morando na Patagônia, o funcionário público Jurandir Persichini descreve a intensificação dos engarrafamentos na via. “Quando cheguei, a circulação já era difícil, mas foi ficando ainda pior porque mais e mais prédios foram construídos e a frota aumentou. As mudanças nas ruas Patagônia e Correias trariam grande alívio”, disse.

Da janela de casa, o engenheiro aposentando Paulo Roberto Menezes Blanc, de 72, acompanha a luta diária de motorista para conseguir passagem na Patagônia. “É preciso negociar o tempo todo. Entrar com o carro em garagem, passar pela contramão ou dar ré até conseguir que o outro veículo passe”, diz. Para ele, que já evita sair de casa de carro, as mudanças sugeridas seriam a melhor saída para o bairro.



CONTRÁRIO

Há, no entanto, quem não concorde com as propostas feitas à BHTrans. Moradores da Rua Correias temem que a abertura da rua mude o perfil sossegado da via. “Um dos principais motivos para vir para cá foi a tranquilidade. Com o fluxo vindo do Belvedere, o barulho e o movimento serão insuportáveis”, teme o professor aposentado Ricardo Léo Ribeiro, que mora há um mês e meio na Correias.

Segundo a BHTrans, no mês passado, a empresa apresentou à comunidade sugestões de mudança no trânsito do Sion. O novo planejamento foi feito a partir de reunião com os moradores, em dezembro, quando a BHTrans propôs fazer um estudo sobre o transporte e o trânsito na região. A proposta era para transformar as ruas Santa Fé (entre Patagônia e Groenlândia) e Patagônia (entre Haiti e Nicarágua) em mão única, o que foi refutado pela população por atrapalhar a microcirculação local.

Ainda segundo o órgão, desde então foi intensificada a fiscalização das regras de estacionamento e do transporte coletivo como forma de promover melhorias na fluidez de veículos e dos coletivos. Sobre a abertura da Correias, a empresa informou que esta é uma obra estruturante e de competência da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). O órgão foi procurado na noite de ontem, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.


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