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Estado de Minas

Torcida de rivais do Brasil começa a chegar a Minas

Amigos que percorrem o país usam caipirinha como ''moeda'' para calcular despesas e preveem gasto equivalente a 3,9 mil doses


postado em 07/07/2014 06:00 / atualizado em 07/07/2014 12:20

Franz, Matthias e Cris, na Festa Francesa: palpite do trio para a final do campeonato é Alemanha X Argentina(foto: Marcos Michelin/EM/D.A PRESS)
Franz, Matthias e Cris, na Festa Francesa: palpite do trio para a final do campeonato é Alemanha X Argentina (foto: Marcos Michelin/EM/D.A PRESS)

Uma caipirinha, duas caipirinhas...No Brasil desde 14 de junho, os alemães Chris Böhme, de Berlim, Matthias Lingen, de Munique e Franz Hilke, de Nuremberg, todos com 27 anos, criaram sua própria moeda para a temporada. O trio faz parte dos estimados 3,5 mil alemães que chegaram ao país para acompanhar todos os jogos de seu time. Eles estão viajando o Brasil inteiro. Foi em Fortaleza, quando a Alemanha empatou com Gana em 2 X 2, que conheceram a caipirinha a R$ 5. Depois disso, começaram a fazer suas contas na “nova” moeda. Até o fim do Mundial cada um deles vai gastar, com todos os voos, hospedagem, alimentação e ingressos, 6,5 mil euros (R$ 19,5 mil ou 3,9 mil caipirinhas).

Com a experiência, os torcedores vão deixar o Brasil com um retrato super positivo da temporada. “Me senti seguro em todos os lugares que estive”, comentou Chris. E olha que só para a ver o time de Joachim Löw eles voaram de Salvador para Fortaleza, de lá para Recife, continuando para Porto Alegre até chegar ao Rio de Janeiro. Chegaram a BH no sábado e ontem, por sugestão de gente da cidade, foram conhecer a Festa Francesa. Ainda assistiram a jogos de outros times, com ingressos comprados no mercado negro. Pagaram a cambistas R$ 200 para cada entrada de Grécia X Costa do Marfim em Fortaleza e R$ 400 para assistir Gana e Estados Unidos em Natal.

Calor da torcida

Matthias chegou ao Brasil vindo da experiência na África do Sul há quatro anos. “São situações bem diferentes. Lá a Copa foi no inverno, fazia muito frio, principalmente na Cidade do Cabo. E o que a gente mais fazia era ver animais selvagens. Aqui, a atmosfera das torcidas nos jogos é mais intensa”, comenta. Já Franz comenta que apesar de não achar tanta graça em ver a Copa em casa (no Mundial de 2006), a festa nas cidades alemãs eram maiores do que no Brasil. Quanto aos custos da viagem, os alemães dizem que o Brasil não é muito diferente do que esperavam. “Não que seja barato, é caro, mas não tanto quanto na Alemanha”, disse Chris. Sobre a torcida, só estranharam o quanto os brasileiros, quando não estão assistindo a uma partida da seleção, torcem a favor do time mais fraco. “Sempre a favor de Gana e EUA e nunca da Alemanha.”

O trio se hospeda em casas de brasileiros com reservas feitas pelo Airbnb (site de aluguel onde particulares oferecem vagas). O trio está certo de assistir à final do Mundial, no Rio:“Alemanha X Argentina”, preveem. Os alemães esperam resultados diversos, a seu favor, claro, para a partida de amanhã no Mineirão. Chris, o mais ambicioso, diz que vai ser um 3 X 1. “O Brasil não está jogando bem nessa Copa.” É como dizem no Brasil: sonhar não custa nada. Neste caso, nenhuma caipirinha.


À FRANCESA

O movimento na Savassi mudou ontem de lado. Em vez da Praça Diogo de Vasconcelos, o que ficou cheio foi o quarteirão da Rua Pernambuco entre Santa Rita Durão e Cláudio Manoel com a
15ª edição da Festa Francesa. Durante 12 horas – das 10h às 22h – houve shows, apresentações de circo e contação de histórias. Como a capacidade do local era de seis mil pessoas, havia filas grandes na entrada. Num clima de aldeia global, além de vinhos, crepes e patisserie, típicos da França, também eram vendidos sanduíches, pizzas e massas.



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