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Estado de Minas

Polícia Civil pede à Justiça prisão preventiva de seis acusados de vandalismo

Imagens de câmeras podem identificar outras pessoas envolvidas no ataque a viatura na Avenida João Pinheiro


postado em 14/06/2014 06:00 / atualizado em 14/06/2014 12:13

Centro Cultural da Vale, na rua Gonçalves Dias, Praça da Liberdade, teve seus muros pichação(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Centro Cultural da Vale, na rua Gonçalves Dias, Praça da Liberdade, teve seus muros pichação (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Seis manifestantes já identificados entre o grupo que virou a viatura da Polícia Civil na sede do Detran, durante a ação de vândalos que depredaram lojas e prédios no entorno da Praça da Liberdade, na tarde de quinta-feira, terão prisão preventiva pedida à Justiça pela Polícia Civil. A informação é da delegada Gislaine de Oliveira Rios, da Delegacia Regional Leste, que investiga a destruição feita pelos mascarados.

Segundo a policial, imagens do ataque estão sendo analisadas, e outros envolvidos na violenta manifestação podem ser incluídos nos pedidos de prisão preventiva, entre eles, Reinaldo Pires de Ávila, de 34 anos, que em setembro do ano passado já havia sido detido por incitação ao crime e desacato.

Três dos seis identificados foram autuados em flagrante e presos. São eles Karinny de Magalhães Rocha Rodrigues, integrante da Mídia Ninja, que está no Ceresp Centro-Sul;  e Henrique de Souza Dutra e Rhuan Joseph Campos dos Santos, no Ceresp Gameleira, todos acusados de danos ao patrimônio público, entre outros delitos. Já o médico Bruno de Almeida, de 27, o engenheiro Leandro Rios de Faria, de 28, e a enfermeira Kátia Santos Dias, de 27, foram ouvidos e liberados.

Os manifestantes estavam sendo monitorados pelo serviço de inteligência da Polícia Civil desde as primeiras horas da manhã de quinta-feira, segundo a delegada, o que facilitou a justificativa para o pedido de prisão preventiva.

Durante os protestos, 19 pessoas foram detidas, incluindo duas adolescentes. Ficaram presos apenas os três adultos autuados em flagrante. Segundo o superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil, Jeferson Botelho, todos os procedimentos foram acompanhados pelo Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) e Defensoria Pública.

TORCIDAS ORGANIZADAS


A depredação no entorno da Praça da Liberdade foi praticada por um grupo de cerca de 70 mascarados. Entre os que atacaram policiais militares e destruíram patrimônio público e particular, a reportagem do EM identificou black blocs, integrantes de movimentos sociais, ativistas de outros estados e até membros de torcidas organizadas, como do Atlético.

A reportagem acompanhou na quinta-feira o deslocamento de cerca de 40 black blocs que se separaram da maior parte do corpo da manifestação e enfrentaram a polícia na Rua Gonçalves Dias, na Praça da Liberdade e nas avenidas Bias Fortes e Amazonas. Entre os integrantes que comandavam as ações de depredação de edifícios e o enfrentamento com a polícia também estavam pessoas conhecidas da cena cultural alternativa de BH, com participação inclusive em blocos carnavalescos.

A presença de mascarados de outras cidades também foi notada, uma vez que os jovens tinham sotaque comum do Sul de Minas e de São Paulo. Ao serem perguntados sobre a via em que se encontravam ou por onde iriam, eles diziam não conhecer as ruas do Hipercentro e da Região Centro-Sul de BH.


Enquanto isso...

…jovem nega
ataque a viatura

A macapaense Karinny de Magalhães, 19 anos, que está presa, transmitia a manifestação de quinta-feira por um smartphone para o grupo Mídia Ninja nega ter participado de depredações. A Polícia Civil diz que a jovem foi presa sob acusação de ter apedrejado viatura da Polícia Militar e atacado agência bancária. Ela mora há poucos meses em BH. Na transmissão, a jovem aparece discutindo com policiais. Ontem, o chefe da comunicação da PM, tenente-coronel Alberto Luiz, disse não ter conhecimento de qualquer agressão física a Karinny. “Cabe a ela procurar a Corregedoria da PM e abrir procedimento apuratório”, afirmou o oficial. Ela passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Em depoimento ao Ministério Público, a jovem disse ter sido levada a um batalhão da PM e espancada por cinco policiais, quatro homens e uma mulher.
Em nota, o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa afirmou que a prisão é ilegal e que Karinny desempenha importante papel na comunicação alternativa em Minas Gerais.


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