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Estado de Minas

Dupla que matou PM na Pampulha é reconhecida por vítima de sequestro

Homem foi até a delegacia e contou que foi agredido por quatro horas pelos criminosos. Ele teve o carro roubado e foi obrigado a realizar saques bancários


postado em 22/05/2014 16:27 / atualizado em 22/05/2014 16:40

Os dois criminosos mataram o PM durante um assalto na Pampulha(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Os dois criminosos mataram o PM durante um assalto na Pampulha (foto: Polícia Civil/Divulgação)

As fichas criminais dos dois homens presos pelo assassinato do soldado da Polícia Militar André Luiz Lucas Neves, de 27 anos, ficam mais extensas a cada dia. Wilson Guimarães Filho, de 25, o Wilsinho, e José Henrique da Silva Bento, de 30, foram reconhecidos, nesta quinta-feira, por um homem de 51 anos que sofreu um sequestro relâmpago em abril deste ano. A vítima ficou sob o poder dos criminosos que a agrediram e chegaram a quebrar três dentes dela. O depoimento reforça a tese da polícia de que a dupla tem envolvimento com uma quadrilha de roubo de veículos que age na região da Pampulha.

O homem, que não teve o nome divulgado, foi até a 6ª Delegacia Especializada em Homicídios Noroeste, depois de ver a imagem dos dois criminosos que foram apresentados à imprensa nessa quarta-feira. Ele contou detalhes de como foi agredido e torturado pelos criminosos, que fugiram em seu carro. “Isso sem dúvida acrescenta ainda mais nas investigações, não só o fato deles poderem ter ligação com outros criminosos, mas a participação deles em outros crimes, como o sequestro relâmpago”, afirma o delegado Rodrigo Bossi, responsável pelas investigações.

Em depoimento, o homem, que tem cegueira parcial, afirmou que foi abordado na Avenida Antônio Carlos por três homens. “Ele reconheceu o José e o Wilson, mas não o Ítalo, pois disse que não deu para ver o rosto do terceiro envolvido”, diz Bossi. Esse último criminoso, morreu com um tiro de Wilsinho quando o trio fugia do local onde o Militar foi assassinado.

A vítima conta que, por aproximadamente quatro horas, foi mantido como refém, sob a mira de um revólver. Segundo o homem, ele foi submetido a tortura física e psicológica, recebendo socos e chutes pelo corpo. Os criminosos roubaram o carro dele, um Citroen C4 e mil reais. Eles também levaram a vítima até duas agências bancárias e a obrigaram a sacar dinheiro.

O homem afirmou que só foi liberado quando fingiu passar mal. Os criminosos o jogaram do carro em movimento próximo ao Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. O carro foi encontrado pela polícia, posteriormente, com perda total. “Esse caso afasta a pose de meninos bonzinhos que eles estavam ontem (quarta-feira). São covardes, violentos, que agiram contra um homem de 54 anos de idade. A vítima chegou a relatar que durante a fuga eles atropelaram um motociclista e continuaram o trajeto em alta velocidade”, conta o delegado.

O caso do sequestro será analisado preliminarmente por Rodrigo Bossi. Em seguida o caso será repassado para um distrito policial da área do crime. O delegado pede às pessoas que tenham sido vítimas dos criminosos que procurem a delegacia de homicídios para prestar depoimento.


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