Os trabalhadores da limpeza urbana de Belo Horizonte decidem na tarde desta quarta-feira se a greve da categoria deve continuar. Os funcionários, que são terceirizados, vinham realizando paralisações há algumas semanas. O último protesto já dura dois dias e o lixo vem se acumulando nas ruas da capital.
Na terça-feira, após uma manhã marcada por protestos na Avenida dos Andradas e na BR-040, representantes da categoria se reuniram com o patronal no Ministério do Trabalho para uma rodada de negociações. Os trabalhadores reivindicam o piso salarial de R$ 1,5 mil para os catadores. O Ministério sugeriu um aumento para R$ 1,1 mil.
Conforme o presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios e dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Belo Horizonte (Sindeac), Paulo Roberto da Silva, os patrões devem se reunir às 10h de hoje para avaliar a proposta. O encontro dos trabalhadores acontece às 13h, quando haverá outra reunião no Ministério do Trabalho. Ainda segundo Silva, caso os trabalhadores aceitem o reajuste, a coleta de lixo pode ser retomada ainda hoje, pelo menos no turno da noite.
Por meio de nota, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) informou que além da coleta noturna, os caminhões permaneceram na garagem da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) na regional Centro-Sul da capital nesta manhã. Cerca de 34 bairros, incluindo o Centro e a região hospitalar, estão sem coleta de lixo. Mais cedo, 200 trabalhadores se reuniram na garagem da SLU mobilizados em razão da greve.
Um outro protesto acontece na capital. Quarenta garis fecham parte da BR-381, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Conforme a Polícia Militar (PM), eles bloquearam parcialmente a pista no no sentido BH. No sentido Vitória o trânsito flui normalmente.