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Estado de Minas

Polícia Federal se une a hotéis para identificar foragidos internacionais

Objetivo da medida é auxiliar a polícia a capturar foragidos e contribuir para ações policiais preventivas e repressivas, principalmente no combate a crimes hediondos


postado em 01/05/2014 06:00 / atualizado em 01/05/2014 07:51

A rede hoteleira de Belo Horizonte e região metropolitana foi convocada pela Polícia Federal para ajudar a fazer um cerco a foragidos internacionais. E deverá, por meio eletrônico, repassar à corporação informações de hóspedes de nacionalidade estrangeira para que sejam confrontadas com o banco de dados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O objetivo da medida, divulgada ontem entre cerca de 80 empresários do setor, é auxiliar a polícia a capturar foragidos e contribuir para ações policiais preventivas e repressivas, principalmente no combate a crimes hediondos.

A Grande BH conta com aproximadamente 300 desses estabelecimentos, entre hotéis grandes, econômicos e pousadas. Mesmo com adesão de todos os representantes do setor que estiveram ontem no encontro, outra apresentação do projeto está marcada para o próximo dia 13, com representantes dos demais empreendimentos. A partir do dia 19 de maio o projeto entra em vigor.

Na prática, ficará a cargo dos funcionários o fornecimento, em tempo real, de um documento contendo nome do hóspede, data de entrada e saída no hotel, documento de identificação, número e cópia do passaporte. Eles serão responsáveis ainda por fazer um crivo a respeito de possíveis atitudes suspeitas dos estrangeiros, como envolvimento em casos de prostituição, tráfico, pedofilia e outros. O projeto foi batizado pela PF de Rede Hoteleira e, para ter sucesso, depende do engajamento de trabalhadores como recepcionistas, faxineiros e camareiras.

A identificação dos turistas de outros países hospedados em hotéis mineiros será confrontada com dados da Interpol. No site da instituição há uma lista com fotos e dados sobre criminosos procurados – envolvidos, entre outros crimes, nos de pedofilia, lavagem de dinheiro e terrorismo – enviada aos países que integram a organização internacional.

Atualmente, o número de estrangeiros representa cerca de 20% do total de hóspedes nos hotéis de Belo Horizonte. São pessoas que visitam a capital mineira a negócios, participação em feiras ou para turismo. A expectativa é de que durante a Copa do Mundo 2014 esse número cresça substancialmente e chegue a 60%, em média, segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb), Paulo Pedrosa.

Ele, que também é empresário do setor, avalia o projeto positivamente. “É uma forma, inclusive, de nos proteger e evitar a ocorrência de crimes nos estabelecimentos. Caso algum alvo seja identificado, a Polícia Federal fará a captura do fugitivo de forma segura e discreta, sem alarde dentro dos hotéis”, afirma. O projeto conta com o apoio da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, onde tramita o Projeto de Lei 4.891/2014, que determina como obrigatória a identificação de hóspedes, o armazenamento da identificação apresentada e o envio de informações para órgãos de segurança pública.


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