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Estado de Minas

Juiz ouve quatro testemunhas do caso do 'Tarado do Dona Clara'

O depoimento do réu seria colhido nesta segunda-feira, porém o juiz decidiu adiar a oitiva para aguardar o lado de sanidade mental feito pelo homem


14/04/2014 18:59 - atualizado 14/04/2014 19:12

Marcel Barbosa dos Santos é acusado de atacar 12 mulheres na Região da Pampulha(foto: Marcos Michellin/EM/D.A.Press)
Marcel Barbosa dos Santos é acusado de atacar 12 mulheres na Região da Pampulha (foto: Marcos Michellin/EM/D.A.Press)

Um pedido de exame de sanidade mental do assistente administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos, conhecido como “Tarado do Dona Clara”, adiou o seu depoimento à Justiça. Durante a audiência de instrução nesta segunda-feira no Fórum Lafayete, quatro testemunhas de defesa foram ouvidas. O homem é acusado de abusar de pelo menos 12 mulheres na Pampulha.

A audiência teve início às 13h30. Inicialmente, o juiz Luiz Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca iria ouvir 20 pessoas, porém, apenas quatro prestaram depoimento e o restante foi dispensado. As oitivas terminaram às 16h. Como o caso corre em segredo de Justiça, o teor das falas não foi informado.

O réu também seria ouvido hoje, porém, o magistrado decidiu dispensar o depoimento depois que a defesa pediu um exame de sanidade mental. Uma nova audiência será marcada depois que os laudos ficarem prontos.

A atuação do maníaco começou a ser investigada depois que um estudante criou uma campanha nas redes sociais denunciando que um estuprador agia no Bairro Dona Clara. O cartaz divulgado na internet informava o registro de dez ataques em três dias. Os relatos das vítimas indicava que o homem agia, principalmente, nas imediações de uma escola particular e outra municipal do bairro. Circulando de moto, ele abordava as vítimas, as segurava pelo braço e passava a mão nas partes íntimas delas.

Marcel foi preso em um prédio residencial na Avenida Isabel Bueno, no Bairro Santa Rosa, na noite de 29 de outubro. Ele admitiu os abusos, mas foi liberado por não haver flagrante e nem mandado de prisão em aberto. No dia seguinte, o homem foi preso novamente mediante um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

Ao ser apresentado à imprensa, Marcel chorou muito. Ele se disse arrependido dos abusos sexuais e buscou se justificar alegando trauma sofrido na infância. Afirmou ter sido molestado por um primo e, por isso, repetia o ato com crianças e adolescentes.

O promotor Renato Bretz Pereira denunciou o assistente administrativo por 12 estupros. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 114 anos de prisão. Segundo o MP, somente em um dia, no curto espaço de 20 minutos, ele atacou quatro garotas, de 12, 13, 16 e 17 anos, no começo da manhã, quando seguiam para a escola, no Bairro Dona Clara. Em três casos ele agiu da mesma forma: se aproximou das vítimas em uma motocicleta e as pegou pelas costas. Depois de imobilizá-las, passou as mãos nas partes íntimas das vítimas. No mesmo bairro, mas em outra data, ele atacou outra adolescente, de 15 anos. Os outros crimes ocorreram nos bairros Jaraguá (três vítimas de 16, 17 e 21 anos); no Liberdade (uma de 17); e no Ouro Preto (uma jovem de 19 anos).

Veja as imagens de um dos ataques do homem:


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