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Estado de Minas

Usuários do Anel Rodoviário permanecem à espera de mais segurança

Construção de viadutos, trincheiras e alças são apostas para melhorar o trânsito e reduzir as tristes estatísticas no Anel Rodoviário, onde 35 pessoas morreram em 2013


postado em 23/03/2014 00:12 / atualizado em 23/03/2014 07:30

Guilherme Paranaiba

No km 8, a principal dificuldade é a diminuição do número de faixas sobre o Viaduto São Francisco(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
No km 8, a principal dificuldade é a diminuição do número de faixas sobre o Viaduto São Francisco (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

A velocidade com que os carros, ônibus, motos e caminhões passam pelo viaduto do Anel Rodoviário sobre a Avenida Dom Pedro II, Bairro Jardim Montanhês, Noroeste de BH, assusta quem está próximo. “Tem mais batida no sentido Rio de Janeiro. A gente só escuta o barulho. Mas a frequência é muito grande. Praticamente todo dia tem alguma coisa”, diz o eletricista Wallace Rossi da Silva Assis, de 27 anos, funcionário de uma oficina que fica na marginal do Anel, quase em frente ao viaduto. A estrutura de concreto está no km 13 da rodovia, que liderou o ranking de acidentes por quilômetro em 2013, com 331 ocorrências (veja quadro). Para resolver o problema no trecho, o projeto que já está pronto aposta na construção de dois viadutos, um em cada sentido, para criar vias marginais no trecho, interligá-las com o tráfego local dos bairros e implantar todas as alças de retorno necessárias. Além disso, serão três faixas em cada sentido com acostamento, agilizando a circulação.

“Acho que pode melhorar a situação, já que o principal problema é o afunilamento depois do viaduto. Os carros vêm em alta velocidade e acabam surpreendidos pela retenção, comum quando o trânsito sai de três para duas faixas”, diz Wallace. A empresa que vencer a licitação para reformar os trechos prioritários também vai adequar os viadutos já existentes sobre a Pedro II, para aumentar a largura. A implantação de um acostamento pode dar mais segurança em casos como o de um motociclista flagrado pela reportagem. Com o pneu da moto furado, ele encostou na margem da terceira pista e desceu com a mulher que estava na garupa, ficando bem próximo de carretas que circulavam em alta velocidade. Com dificuldades, ele empurrou a moto até o canteiro e atravessou a faixa verde até chegar à marginal, de onde seguiu para a Pedro II.

No cruzamento com a Avenida Amazonas, Bairro Madre Gertrudes (Oeste), outro trecho prioritário, as intervenções vão ser mais complexas. Serão cinco viadutos novos, sendo dois para as marginais, um sobre a linha férrea, outro para transpor a Rua Ilmenita e mais um para ligar o fluxo que vai da Amazonas para o Anel no sentido Vitória. Já no cruzamento com a Avenida Ivaí, onde está a Praça São Vicente, próximo aos bairros Padre Eustáquio, Glória e Alípio de Melo, na Região Noroeste, serão construídas uma trincheira e duas alças que vão passar por cima do próprio Anel para retorno. A obra é uma demanda antiga dos moradores da região.

Enquanto isso, o cruzamento com a Avenida Antônio Carlos, que é feito pelo viaduto São Francisco, na Região da Pampulha, mesmo incluído no km 8, onde foram registrados 254 acidentes em 2013, ficou para a segunda etapa do projeto, cujo edital deve ser publicado até o fim deste ano. “O viaduto São Francisco tem só duas faixas no sentido Rio de Janeiro. O trânsito nos horários de pico registra grandes filas nesse trecho. Passo quase todos os dias por aqui e tenho certeza de que esse é um dos piores pontos em termos de tráfego”, afirma o administrador de empresas Gustavo de Paula Travente, de 37.

FIM DOS GARGALOS O governo do estado, por meio da Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop), informa que os pontos escolhidos como prioridade na reforma do Anel levam em conta o volume de tráfego e representam os maiores gargalos de circulação da rodovia. A quantidade elevada de carros é submetida a grandes estrangulamentos nos trechos incluídos na primeira etapa de servivos, o que normalmente causa acidentes mais graves, segundo a Setop. Nesse caso, o prazo para lançamento do edital das obras é o início de abril. A expectativa de conclusão de todo o projeto, que inclui os demais trechos da rodovia, é dezembro. Os governos estadual e federal assinaram um convênio para que o estado tocasse obras e projetos. A previsão é que a revitalização integral do Anel custe R$ 2 bilhões, somando gastos com desapropriações e assentamentos.

Campeões de acidentes
Os pontos mais perigosos do Anel Rodoviário em 2013

Km 13 (Cruzamento com a Pedro II) – 331 ocorrências
Km 8 (Cruzamento com a Antônio Carlos) – 254 ocorrências
Km 16 (Conjunto Califórnia/Saída para Brasília via BR-040) – 229 ocorrências
Km 12 (Saída para Avenida Carlos Luz/após radar) – 205 ocorrências
Km 10 (Saída para Avenida Carlos Luz/Coca-Cola) – 194_ocorrências

Fonte: Polícia Militar Rodoviária (PMRv)


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