(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MAIS MUDANÇAS A CAMINHO

Até a entrada em operação do BRT serão feitas mais 13 alterações em ruas e avenidas de BH

Implantação de mão inglesa traz riscos para pedestres e preocupa a população


postado em 26/01/2014 00:12 / atualizado em 26/01/2014 07:31

De acordo com as avaliações da BHTrans, o melhor para o andamento das obras é fazer as modificações no trânsito ao mesmo tempo em que o serviço é executado(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
De acordo com as avaliações da BHTrans, o melhor para o andamento das obras é fazer as modificações no trânsito ao mesmo tempo em que o serviço é executado (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

As adaptações que estão sendo implementadas pela BHTrans para que o Move, o sistema de Trânsito Rápido por Ônibus (BRT) de Belo Horizonte, entre em operação ainda terão 13 intervenções no trânsito do Hipercentro. Os alargamentos, mudanças de sinalização, sentido e tráfego serão nos arredores da Avenida Afonso Pena (nove) e na região da Praça Raul Soares (quatro), concluindo as 48 alterações implementadas em cinco fases e que serão necessárias para a conclusão do projeto de transporte público na região. Em meio a tantas mudanças, motoristas se sentem confusos e prejudicados pela necessidade de mudar bruscamente seus trajetos e terem de “reaprender” a se deslocar pela Região Central da capital mineira.


Na Avenida Afonso Pena, haverá intervenções, ainda não divulgadas, nos cruzamentos com Rua da Bahia, Rua São Paulo e Avenida Amazonas. Também haverá modificações nos cruzamentos da Rua Espírito Santo com Rua dos Tamoios, Avenida Paraná com Rua dos Caetés, Avenida Assis Chateaubriand com Rua dos Tamoios, Avenida Amazonas com Rua dos Tamoios, Rua Curitiba com Rua dos Carijós e Rua Rio de Janeiro com Rua dos Caetés. A área da Praça Raul Soares, no Barro Preto, também na Região Centro-Sul, tem alterações previstas para a Avenida Amazonas, Rua Araguari, Avenida Barbacena, Avenida do Contorno, no cruzamento entre as ruas Araguari, dos Tamoios e Viaduto Castelo Branco e Avenida Bias Fortes, no cruzamento entre as ruas Curitiba e dos Timbiras e entre as ruas Mato Grosso e Tupis.


A implantação das mãos inglesas, que são vias em que se circula pela esquerda, preocupa os especialistas, sobretudo pela segurança dos pedestres, já que o costume é olhar para a esquerda e depois para a direita ao cruzar uma avenida, o que acaba invertido nesse tipo de alteração. Na sexta-feira, o aposentado José Eustáquio Gomes de Oliveira, de 64 anos, ficou confuso e precisou da ajuda de agentes de educação de trânsito da BHTrans para conseguir  atravessar a Avenida Carandaí, no Centro, onde uma mão inglesa foi aberta. “Fica meio confuso no começo mesmo. A gente que já tem muitos anos que passa pelos mesmos lugares presta pouca atenção e faz quase tudo automático. Mas falta também pintar uma faixa de pedestres e demarcar melhor os caminhos que mudaram”, disse.

Adaptação

O empresário José Carlos Anastácio, de 65, diz já ter se adaptado às mudanças ocorridas na área hospitalar, mas reclama das alterações. “Para mim ficou pior. A pista da Avenida Carandaí, onde está a garagem do prédio onde trabalho, virou contramão. Para ir para a Avenida dos Andradas tenho de dar um volta danada. Mas acho que logo que a gente se acostumar tudo volta ao normal”, disse.

O tempo médio para que os motoristas absorvam alterações e reprogramem os caminhos para seus destinos mais comuns é de duas semanas, de acordo com o especialista Guilherme de Castro Leiva. “Há esse período de adaptação. As pessoas, apesar de saberem que houve modificações – porque ocorreu uma ampla divulgação – precisam experimentar e fazer suas escolhas com o tráfego em movimento. Vai ter motorista entrando em locais indevidos, por falta de atenção ou desinformação. Mas não acho que será algo traumático”, afirma.

A BHTrans informou que em todas as áreas que passaram por alteração faixas foram colocadas e montadas linhas de segregação com cones e outros obstáculos. De acordo com o diretor de Sistema Viário da BHTrans , Edson Amorim, as alterações são feitas em conjunto com as obras porque é preciso espaço para a execução dos trabalhos. “Quando as obras acabarem e só ficarem os canteiros e acessos, vai ter mais espaço para o tráfego fluir”, afirma.

"Fica meio confuso no começo mesmo. A gente que já tem muitos anos que passa pelos mesmos lugares presta pouca atenção e faz quase tudo automático ", José Eustáquio Gomes de Oliveira, aposentado, de 64 anos (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Congestionamento recorde

Este ano, o pior engarrafamento registrado em horários de pico foi no dia 17, e chegou a atingir 50,7 quilômetros. É como se, em plenas férias, os motoristas ficassem presos em congestionamentos que se somados se estenderiam de Belo Horizonte a Brumadinho, cidade na Grande BH que fica a 51 quilômetros da capital. Naquela sexta-feira, muitos belo-horizontinos iniciaram as viagens de férias de segunda quinzena e houve também muitos incidentes que tornaram o trânsito insuportável. Logo de manhã, uma viatura policial capotou na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na altura do Shopping Ponteio, no Belvedere, deixando feridos dois policiais e a vítima de assalto.

Ainda de manhã, por volta das 7h, um caminhão atingiu e matou um motociclista na Avenida dos Andradas, entre as ruas Caetés e Tupinambás, no Centro. O trânsito, que já estava lento, ficou ainda pior, com retenções que se espalharam pela área da Avenida do Contorno por mais de três horas, segundo a BHTrans. No meio da tarde, um temporal, depois de 16 dias de estiagem, com chuva de granizo e ventos de até 60 quilômetros por hora, trouxe mais problemas. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil registraram várias ocorrências de quedas de árvores e o tráfego ruim se estendeu ao horário de pico, deixando motoristas e passageiros retidos nas ruas e avenidas. (MP)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)