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Estado de Minas

Parentes e amigos de casal assassinado na Serra do Cipó se reúnem em missa de sétimo dia

Igreja da Boa Viagem ficou lotada; familiares das vítimas evitaram falar com a imprensa


postado em 09/01/2014 20:22 / atualizado em 09/01/2014 20:56

(foto: Arquivo Pessoal)
(foto: Arquivo Pessoal)
Parentes, amigos e colegas de trabalho de Alexandre Werneck de Oliveira, de 46 anos, e Lívia Viggiano Rocha Silveira, de 39 anos, lotaram a Igreja da Boa Viagem na tarde desta quinta-feira para a missa de sétimo dia do casal. Emocionados, muitos deles preferiram não falar com a imprensa.

O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros, disse que conhecia Alexandre havia 20 anos. “Profissional e pai exemplar. Servidor do Procon abnegado. Pessoa queridíssima, super educado e dedicado à sua carreira”, disse Malheiros. “A gente vê com muita tristeza um fato tão violento como esse que dizimou uma família. Infelizmente, isso aconteceu muito próximo da gente. Eu tenho uma preocupação muito grande com isso e a gente tem que refletir, na política, qual atitude tomar nessa hora. Temos que rezar, dar apoio à família e pensar também em leis mais duras neste país”, comentou o vice-prefeito, lamentando o aumento da criminalidade, principalmente no interior, segundo ele.

Já o dentista Edson Chaves Júnior, de 47, conta que estudou com Alexandre no Colégio Militar e que era muito amigo dele. “Pessoa extremamente tranquila. Ele e a ex-mulher eram meus pacientes no consultório e os dois tinham uma relação boa”, disse. Já amigos e parentes de Lívia não quiseram falar com a imprensa.

Relembre o caso

Alexandre e Lívia foram assassinados na Serra do Cipó, na última sexta-feira. Eles ficariam hospedados de quinta a sábado no local. Segundo a polícia, com um revólver, Helton Moreira de Castro e Marcos Magno Peixoto Faria renderam o casal, que estava fora do carro, e os levaram para o leito do Rio Santo Antônio, a sete quilômetros de Conceição do Mato Dentro, onde foram executados.

Durante apresentação da Polícia Civil nesta quinta-feira, Helton contou que ele Marcos estupraram Lícvia antes de matá-la. A perícia indicou que Lívia foi morta com dois tiros na cabeça. Alexandre foi atingido por três disparos na cabeça e um no braço. Marcos diz que os dois atiraram nas vítimas, mas Helton diz que o comparsa fez todos os disparos. Conforme o delegado Wagner Pinto, não está descartada a hipótese da participação de outra pessoa no crime. Os corpos das vítimas ainda estão no Instituto Médico Legal (IML), mas é possível que eles sejam liberados somente na sexta-feira. Ainda não há informações sobre o velório e enterro do casal.

Após o crime, na sexta-feira, Marcos e Helton tentaram fugir levando o carro. Mas como o veículo tinha sistema antifurto, não funcionou. Os dois teriam achado que o veículo estava com problemas na bateria, então foram embora levando R$ 174 e dois celulares. No sábado, Marcos teria voltado de táxi ao local do crime para dar carga na bateria do veículo das vítimas. A intenção era vender o carro por R$ 5 mil e dividir o dinheiro.

Como a tentativa de ligar o carro não deu certo, eles atearam fogo no veículo na manhã de segunda-feira, com a ajuda de um adolescente. Para chegar aos bandidos, a polícia local contou com a ajuda de informantes que delataram um rapaz, dono de uma moto amarela, com o rosto queimado circulando pela cidade. Diante das características, Marcos, que tem uma motocicleta desta cor, foi detido. Na delegacia ele entregou o comparsa Helton e ambos contaram da participação do menor na destruição do carro.


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