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Estado de Minas

Confusão e acidentes marcam mudanças no trânsito de Belo Horizonte

Primeiras das mais de 50 alterações a serem feitas pela BHTrans até 2015 na circulação de veículos na área limitada pela Avenida do Contorno provocam muitos transtornos


postado em 08/01/2014 06:00 / atualizado em 08/01/2014 08:24

Motorista faz conversão proibida à esquerda na Avenida Brasil(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Motorista faz conversão proibida à esquerda na Avenida Brasil (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Numa amostra de como ficará o trânsito em Belo Horizonte até 2015 na área limitada pela Avenida do Contorno, depois de a BHTrans fazer mais de 50 mudanças de circulação na área central da cidade, os motoristas da capital experimentaram ontem um dia de confusão e acidentes. Pela manhã, quando entraram em funcionamento as alterações nas ruas Goiás e Espírito Santo e nas avenidas Álvares Cabral, Augusto de Lima e João Pinheiro, vários veículos (carros, motos e ônibus) ignoraram faixas e cavaletes de cor laranja e entraram em vias de mão invertida, dando trabalho para agentes de trânsito e guardas municipais. Na Avenida Brasil, um motorista entrou no acesso à Rua Rio Grande do Norte, que passou a ser proibido, e capotou, tendo ferimentos leves. O marmorista Romeu Salomé Fernandes, de 53 anos, dirigindo um Kadett, foi atingido por uma caminhonete Toyota, que descia a Brasil. “Foi um grande susto, mas meu carro não tem mais conserto”, afirmou.


As novas configurações buscam beneficiar o tráfego do BRT (Trânsito Rápido por Ônibus) – Move em BH –, entre o Centro e a região hospitalar. Especialistas afirmam que essas transições devem ser muito bem demarcadas, mas motoristas reclamaram justamente da falta de antecipação da sinalização, que teria causado congestionamentos. “A eficácia das alterações, no momento inicial, vai depender de como tudo será divulgado e sinalizado, para preparar o motorista para essas mudanças. O trânsito de BH não é dos mais simples e simplificá-lo é benéfico, desde que seja bem explicado”, diz o coordenador do curso técnico de transporte e trânsito do Cefet-MG, professor Guilherme de Castro Leiva.


De acordo com o superintendente de Implantação e Manutenção da BHTrans, José Carlos Ladeira, todas as alterações tiveram campanhas elucidativas com faixas, panfletos e a presença de agentes. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, disse que a intenção é privilegiar pedestres e o Move. “Na Avenida Brasil, nossa intenção é torná-la mais atraente aos carros do que a Avenida Alfredo Balena, a principal dos hospitais e por onde passará o Move”, disse.


A Rua da Bahia perdeu o acesso pela Contorno na Praça da Estação e na Avenida dos Andradas, onde não há mais entrada para a Rua dos Carijós, no Bulevar Arrudas. A via onde mais transgressões ocorreram, por distração dos motoristas ou tentativas de tirar vantagem, foi a Avenida Brasil. Há 14 dias, quem segue no sentido Praça da Liberdade não pode mais entrar à esquerda na Rua Rio Grande do Norte, sentido Savassi, na Região Centro-Sul. É preciso descer a Avenida Carandaí e entrar na Rua Rio Grande do Norte e fazer a travessia da Brasil. Mesmo com a presença de fiscais, a reportagem do Estado de Minas flagrou três motoristas fazendo a conversão proibida.


No cruzamento das ruas Goiás e Espírito Santo e avenidas Álvares Cabral, Augusto de Lima e João Pinheiro a presença dos agentes da BHTrans evitou que a confusão fosse maior. A sincronização dos semáforos impediu que motoristas em sentidos opostos tivessem espaço para conversões que passaram a ser proibidas, como da Álvares Cabral para a João Pinheiro, no sentido Praça da Liberdade. A inversão da mão da Rua Goiás, que deixou de ser acessada pela Rua dos Guajajaras no sentido Praça Afonso Arinos, causou congestionamentos.

 

 

 

 


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