A mãe de um técnico de produção que trabalha na Componentes e Módulos Plásticos (CMP), fábrica em Contagem que pegou fogo nesta manhã, denunciou à reportagem do em.com.br que o gerente da empresa teria intimado os funcionários a trabalhar normalmente na tarde desta sexta-feira.
A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que por volta das 14h o gerente teria ligado para o filho dela, que trabalha há cerca de um ano e meio na CMP, na área de produção, e dito que ele poderia fazer a jornada normal, das 15h às 23h. Preocupada com a saúde do filho e com o risco de novas explosões, a mãe disse que ele não iria. Inconformado com a negativa, o gerente teria ameaçado demiti-lo.
De acordo com a assessoria de imprensa da CMP, o foco da empresa nesta sexta-feira está na segurança dos funcionários e na avaliação dos danos. Eles informaram que a linha de produção, onde o rapaz trabalha, está parada e os trabalhos serão retomados somente após o aval do Corpo de Bombeiros.
O gerente foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado para responder às acusações.
Durante a manhã, várias empresas no entorno da fábrica fecharam as portas e dispensaram os funcionários por conta da fumaça preta e do forte cheiro que se espalhou no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, os militares ainda trabalham para controlar a situação, mas não há risco de novas explosões ou possibilidade de contaminação por inalação de gás.
Incêndio
O incêndio que tomou conta da Componentes e Módulos Plásticos (CMP) foi registrado na manhã desta sexta-feira. A fábrica, que produz painéis de plástico para a Fiat, fica no Bairro Cinco, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O fogo começou em um depósito de gás que fica ao lado de um reservatório com combustível.
Um galpão inteiro virou cinza, mas não houve nenhuma vítima fatal. Alguns funcionários com queimaduras de primeiro grau foram encaminhados para o Hospital Municipal de Contagem.