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Estado de Minas

Museu da Liturgia é fechado por falta de patrocínio em Tiradentes

Espaço tem um acervo de 429 peças sacras restauradas dos séculos 18 a 20


postado em 03/09/2013 06:00 / atualizado em 03/09/2013 06:37

O Museu da Liturgia, inaugurado em abril de 2012, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, está com as portas fechadas desde domingo por falta de patrocínio. A anúncio foi feito no próprio site da instituição. “Comunicamos com muito pesar que a partir do dia 1º de setembro, o Museu da Liturgia ficará temporariamente fechado, até que se consiga um novo patrocínio para a sua gestão e manutenção”, afirma a nota. Em seguida, a instituição agradece ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo apoio financeiro que possibilitou a construção, a implementação e a manutenção até o presente momento.

Único dedicado ao tema na América Latina, o museu surgiu depois de investimento direto de cerca de R$ 10,9 milhões do BNDES. Quem o concebeu, estruturou, captou recursos e coordenou o desenvolvimento conceitual e a sua implantação entre 2009 e 2012 foi a Santa Rosa Bureau Cultural, empresa da ex-secretária de Estado de Cultura Eleonora Santa Rosa. O projeto foi desenvolvido a pedido da Paróquia de Santo Antônio de Tiradentes. Na época da inauguração, foi informado que a gestão seria o grande desafio da instituição, o que se materializou.

O Museu da Liturgia tem um acervo de 429 peças sacras restauradas dos séculos 18 a 20. Conta também com instalações audiovisuais, terminais multimídia e programa educativo. O acervo apresenta pinturas, ex-votos, esculturas e imagens, objetos em metal e madeira, paramentos, missais e outros objetos religiosos confeccionados com uma diversidade de técnicas e materiais. Guardadas em sacristias durante longo período, algumas estavam em estado avançado de deterioração, especialmente a prataria e as peças em estanho.

O museu funcionava num casarão do século 18, recuperado a partir da identificação de suas características originais. Com linguagem e ambientação contemporâneas, a instituição tinha, desde as origens, proposta ambiciosa: “Trata-se de um marco na preservação e divulgação do rico patrimônio religioso tiradentino, sendo também uma das principais atrações turístico-culturais da cidade. Por meio de um significativo acervo católico, além de instalações audiovisuais, terminais multimídia e espaço específico para o amplo programa educativo, o museu contribui para o entendimento e a valorização das manifestações religiosas na cultura brasileira”, informa a instituição em seu site. A atual diretora da instituição, Cristina Seabra, foi procurada diversas vezes para falar sobre a situação. Até o fechamento desta edição, alegando estar em reunião, não atendeu aos telefonemas.


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