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Estado de Minas

Garoto salvo pelo pai perdeu mãe em acidente na BR-381


postado em 05/07/2013 06:00 / atualizado em 05/07/2013 06:45

Família estava na kombi que seguia de BH a Poços de Caldas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Família estava na kombi que seguia de BH a Poços de Caldas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)

 

Quatro dos cinco mortos na tragédia na Fernão Dias estavam na Kombi da Prefeitura de Poços de Caldas. O motorista levava sete pessoas no momento da batida: duas crianças e um adulto que voltavam de tratamento médico em Belo Horizonte e quatro acompanhantes. Sete veículos se envolveram na batida: quatro de carga, a Kombi, um Fiesta e uma Meriva.

Antes da explosão seguida de incêndio, Pietro Henrique de Oliveira Loro, de 2 anos, foi salvo pelo pai, Ricardo Felizardo Loro, de 20, que escapou sem maiores problemas. Mas a mãe da criança, Crislene Guimarães de Oliveira, de 18, morreu carbonizada. O casal estava na Kombi acompanhando o filho, um dos pacientes transportados pela Secretaria Municipal de Saúde. A reportagem encontrou Ricardo na porta da Santa Casa de Itaguara depois de receber alta com o filho. Sem condições de falar, ele parecia não acreditar na tragédia.

O paciente Moacir Marcondes, de 54, e a irmã que o acompanhava, Maria Aparecida Marcondes, de 61, morreram carbonizados na Kombi também. Outras vítimas queimadas foram o motorista da Kombi, Francisco Lino Alves, de 54, e do Fiesta atingido pela carreta bitrem. Como o carro ficou completamente destruído, não restaram as placas nem foi possível identificar o condutor. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de BH. Eles só serão liberados para as famílias após a chegada de parentes que vão ceder material genético para a identificação.

A responsável pelo tratamento fora do domicílio da Secretaria de Saúde de Poços de Caldas, Fabiana Mendes, esteve no hospital de Itaguara para dar assistência aos feridos. Entre eles estavam a Ana Laura, de 9, e uma paciente, cujo nome não foi informado, que teve alta e voltou para o Sul de Minas. Raquel Francisca, de 71, que estava na Kombi, permaneceu internada em observação em Itaguara.

Investigação

O delegado de Itaguara Leandro Cândido da Silva informou que o foco das investigações será quem causou a batida. “Se ficar provado que o motorista da carreta agiu com imprudência ou imperícia, ele será responsabilizado. Uma coisa é o acidente ocorrer logo em cima do bloqueio, outra é a alguns quilômetros de distância”, disse. Ele afirmou ainda que se os autores do bloqueio forem identificados podem responder pelo crime de dano, dificilmente por homicídio culposo.

O motorista da carreta bitrem, Osni Teixeira, disse em depoimento ao delegado que trafegava abaixo do limite de velocidade, 80km/h no trecho. Segundo o policial, o condutor tinha conhecimento do bloqueio de pneus no km 569, pois foi avisado no posto da PRF em Itatiaiuçu e no pedágio no mesmo município. “Ele disse que ficou quase três dias parado na manifestação dos caminhoneiros em Betim e saiu na quarta-feira às 15h. Ainda parou no posto da PRF para fazer boletim de ocorrência, por conta do para-brisa quebrado e foi surpreendido pelo congestionamento depois da curva”, informou o delegado.

Peritos da Delegacia Regional de Betim entregarão em 30 dias relatório sobre o acidente, peça mais importante do inquérito policial. Também foram solicitadas imagens à Autopista Fernão Dias, concessionária responsável pela rodovia. Procurada pela reportagem para informar se sabia do bloqueio e do congestionamento e quais medidas adotou, a empresa não se manifestou.


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