Os problemas causados pela desordem no tráfego de inúmeros veículos no entorno das faculdades em Belo Horizonte não geram apenas dificuldades com relação à mobilidade. Com carros estacionados em ruas próximas das universidades e movimentação de alunos, a situação se torna um atrativo para criminosos. Furtos e roubos de veículos e assaltos a pedestres são as queixas mais frequentes nas regiões de concentração de estudantes no período noturno.
No câmpus da PUC do Coração Eucarístico, Noroeste da capital, nem todos os alunos têm vagas de estacionamento dentro da universidade. A solução é parar em ruas como Padre Demerval Gomes, Dom Aristides Porto e Dom Lúcio Antunes. O motorista de van José Felício da Silva, de 56, afirma que são comuns os roubos de veículos nessas vias. “Os bandidos cometem furtos quebrando o vidro dos veículos, mas também há vários casos de assaltos à mão armada”, diz ele. Na Avenida Raja Gabaglia, onde fica um dos câmpus da UNA, alunos também denunciam a onda de arrombamentos de veículos. “Aqui falta segurança. É muito comum alguém ter o vidro quebrado”, diz Leandro Alves, de 23, aluno de engenharia química.
Sobre a questão de segurança, o pró-reitor de Logística e Infraestrutura da PUC Minas, Rômulo Albertini, afirma que não há mais rodízio no estacionamento do Coração Eucarístico após as 21h. “Dessa forma, os alunos podem tirar os carros da rua no intervalo entre os dois horários, para que quando saírem, às 22h30, já estejam com o veículo no estacionamento”, diz ele. O professor também cita a entrega de 15 mil panfletos com dicas de segurança fornecidas pela PM para aumentar a segurança da comunidade universitária.
PARCERIA Em nota, o UniBH afirma que conta com um posto da PM dentro do Câmpus Buritis e que não tem conhecimento de ocorrências de furto e roubo de veículos nas imediações. Também por nota, a Newton Paiva afirma que faz parceria com as unidades policiais onde estão os câmpus da instituição, para patrulhamento ostensivo nos momentos de pico. A instituição informa que também há um posto interno em que a polícia atende a comunidade.
A UNA informou que está ciente das ocorrências na Raja Gabaglia e que solicitou à PM reforço no policiamento. O Estado de Minas entrou em contato com a, comandante do Policiamento da Capital, coronel Cláudia Romualdo, mas por problemas de agenda ela não pôde falar sobre a questão. Mesma situação foi verificada com o comando do 5º Batalhão da PM, unidade responsável pelo Buritis. Ninguém foi encontrado no 34º BPM para falar sobre a situação da PUC do Coração Eucarístico.