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Estado de Minas

Vacina contra a gripe vira dor de cabeça na capital

Em BH, pacientes enfrentam problemas tanto na rede particular, cujo estoque não atende a demanda, quanto no serviço público, onde há o produto, mas falta pessoal para aplicá-lo


postado em 23/05/2013 06:00 / atualizado em 23/05/2013 06:51


Apesar de a campanha pública de vacinação contra a gripe ter sido prorrogada até o dia 31 pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, pessoas que tentam se imunizar na capital enfrentam problemas tanto na rede pública quanto na particular. As doses estão em falta em muitas instituições privadas, onde o produto é pago, e é provável que não sejam repostas neste ano. Já nas unidades do Sistema Único de Saúde o problema é outro: embora haja estoque, o Estado de Minas constatou que há carência de profissionais capacitados para a aplicação. A prefeitura não reconhece o problema e afirma que está perto de atingir a meta de imunizar 80% do público-alvo, formado principalmente por grávidas, pessoas acima de 60 anos, menores de 2 anos e portadores de doenças crônicas.

No Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul da capital, o estoque do Hospital Mater Dei acabou há cerca de 15 dias. “Compramos uma quantidade duas vezes maior do que a aplicada entre abril e junho de 2012, meses que antecedem o inverno. Mas, neste ano, a procura do público está sendo muito maior”, explica a médica responsável pelo laboratório da instituição, Flávia Massote. Antes de as doses se esgotarem, o hospital começou a pedir novas remessas. “Nenhum fabricante tinha mais para vender. Não sabemos quando voltaremos a fazer esse tipo de atendimento”, afirma. O provável é que o produto só esteja disponível novamente em 2014. “As vacinas devem ser aplicadas no outono. Os laboratórios não têm mais tempo de produzi-las antes do inverno”, explica Flávia.

Nas seis unidades de atendimento da Vacsim em BH, as últimas doses, vendidas por R$ 68 cada uma, foram consumidas ontem. E há poucas chances de que a empresa reponha o produto ainda neste ano. A justificativa é a mesma: os fabricantes não conseguem suprir a demanda. “A procura pelo medicamento vem sendo maior do que no ano passado. Compramos 8 mil doses e não temos como comprar mais, por causa da falta de oferta. Os laboratórios não têm produção compatível com o atual mercado consumidor no Brasil e no mundo”, constata a diretora médica da Vacsim, Paula Fernandes Távora. “Recebemos cerca de 30 telefonemas por dia, mas não há previsão de compra”, diz.

No Laboratório Hermes Pardini, ontem não havia doses da vacina convencional, que são vendidas a R$ 75 cada e podem ser aplicadas em qualquer paciente a partir dos 6 meses de idade. A empresa informa que um novo lote do produto já foi recebido e deve começar a ser oferecido ao público no sábado. Até lá, só será possível consumir a vacina intradérmica, que tem o mesmo princípio ativo do tipo mais comum e a vantagem de ser aplicada sem uso de agulha, mas é mais cara (custa R$ 80) e destina-se apenas a pessoas de 18 a 65 anos, o que exclui um dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, composto por crianças de 6 meses a 2 anos.

Em BH, há ao menos duas instituições particulares que ainda têm a vacina contra a gripe. Uma é a clínica Climep, que vende a dose a R$ 65. O produto também pode ser encontrado na empresa Imunológica Vacinas, que oferece a dose por R$ 80.


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